Prefeitura e MPE debatem estratégias para conter epidemia de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus
Encontro serviu para discutir medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública e o combate ao mosquito Aedes Aegypti.
AUDIÊNCIA PÚBLICAO secretário municipal de Saúde, Ivandro Corrêa Fonseca participou de audiência pública no Ministério Público Estadual com as promotoras Filomena Aparecida Depólito, responsável pela Promotoria de Justiça de Saúde Pública e Andréia Cristina Peres da Silva, titular da 42ª Promotoria de Justiça de Meio Ambiente de Campo Grande, para discutir medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública e o combate ao mosquito Aedes Aegypti transmissor de Dengue, Chikungunya e Zica.
Participaram da audiência o secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Rui Nunes da Silva Junior, secretário de estado da Saúde, Nelson Barbosa Tavares, e o infectologista e pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz em Mato Grosso do Sul) Rivaldo Venâncio.
Baseado no consenso de que a proliferação deve ser controlada para evitar uma epidemia em maior escala, os participantes discutiram propostas para que, além do aparato médico para o atendimento aos doentes, e do combate ao mosquito, seja feita uma campanha efetiva de conscientização da população sobre os riscos e sua efetiva participação como agentes de erradicação dos criadouros. “Nenhum município tem estrutura para lidar com essa epidemia, a população tem que trabalhar em conjunto com o poder público, e isso é que está sendo tratado aqui”, declarou a promotora Filomena Depólito.
O infectologista Rivaldo Venâncio afirmou que aproximadamente um terço dos casos registrados como Dengue, podem ser Zika vírus, doença que está associada aos casos de microcefalia e má formação de fetos, com o agravante de não haver literatura sobre a doença. “A doença é alarmante e já foram registrados 1,7 mil casos de microencefalia no país. Em nosso estado, o vírus chegou entre novembro e dezembro e devemos esperar um aumento de casos a partir de fevereiro de 2016”, disse Rivaldo.
“Estamos em guerra, e devemos ter condições de atuar como um exército em batalha. Não podemos contemporizar. Os poderes públicos devem se unir e determinar ações imediatas para o combate se quisermos conter efetivamente a epidemia de consequências catastróficas ”, disse o secretário Nelson Tavares, que pede agilidade à justiça para que se possa penalizar todos os que impedirem de alguma forma a ação dos agentes de saúde.