Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados | 25 de junho de 2015 - 15h08

Índios estão desaparecidos desde que ruralistas avançaram sobre terras indígenas no MS

Há também a suspeita de que uma criança indígena de apenas um ano tenha sido morta, mas as autoridades policiais até agora não confirmaram essa informação.

Deputado Denuncia
Os detalhes foram repassados, na manhã desta quinta-feira (25), ao Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (PT-RS), que está no Mato Grosso do Sul - Arquivo/Câmara dos Deputados

Lideranças Guarani e Kaiowá reclamam o desaparecimento de três indígenas, desde que ruralistas avançaram sobre terras indígenas no Mato Grosso do Sul. A informação de que há indígenas desaparecidos foi confirmada pelo Procurador da República Ricardo Pael, que atua no estado sul-mato-grossense e que, ontem (24), visitou as áreas de conflito.

Há também a suspeita de que uma criança indígena de apenas um ano tenha sido morta, mas as autoridades policiais até agora não confirmaram essa informação. A criança estaria dentro de uma casa que foi incendiada por capangas de ruralistas, vizinhos às comunidades indígenas.

Os detalhes foram repassados, na manhã desta quinta-feira (25), ao Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (PT-RS), que está no Mato Grosso do Sul, com a finalidade de construir uma solução para o conflito, que avança desde a última segunda (22), quando os ruralistas aumentaram a ofensiva para expulsar os Guarani e Kaiowá de suas próprias terras.

No momento, há duas áreas indígenas onde o conflito é mais intenso. Uma, fica na cidade de Coronel Sapucaia, onde está a comunidade Guarani e Kaiowá do tekoha Kurusu Ambá; a outra, fica no município de Amambai, local de terras indígenas Guaiviry.

Pela manhã de hoje, o Presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Paulo Pimenta, esteve com lideranças indígenas e representantes da Funai. No início da tarde, Pimenta e integrantes do Ministério Público Federal chegam às áreas de conflito.