Editor | 23 de outubro de 2014 - 07h22

Apartamentos da 2ª etapa do Nelson Trad serão sorteados a partir da próxima quarta-feira

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Com esta nova etapa vai ser totalizando 1.624 apartamentos/famílias no novo centro habitacional.

A partir da próxima quarta-feira, dia 29 de outubro, a Agência Municipal de Habitação (EMHA) vai iniciar o sorteio dos 816 apartamentos da segunda etapa do Residencial Nelson Trad, empreendimento habitacional no Jardim Carioca, região Oeste de Campo Grande. O processo de sorteio se estenderá por três dias (quarta, quinta e sexta-feira) no Teatro de Arena do Horto Florestal. Neste período acontecerá também o processo de organização e eleição dos síndicos. A assinatura dos contratos e a entrega dos apartamentos está prevista para novembro.

Nesta semana as famílias se reuniram por dois dias para participar de reuniões com técnicos da EMHA quando foram receberam informações sobre o empreendimento, cuidados que deverão tomar com a moradia, escolha e eleição de síndicos; além de receberem esclarecimentos da instituição responsável pelo financiamento, a Caixa Econômica Federal, sobre custos até a entrada na residência. 

A entrega dos apartamentos é a realização do sonho para continuar a vida em um teto próprio e com dia-a-dia econômico de maneira bem melhor, com dinheiro do aluguel no bolso, resumiu a diarista Ângela Maria Ribeiro. Ângela, hoje moradora da vila Margarida, que tem 39 anos e dois filhos com idades, do tempo que espera conquistar sua casa própria, fala do período que ficara no passado e do futuro que pode ou será de renovação. “Quem espera pode até pensar em perder a esperança, que quase já pensava, pois desde minha primeira inscrição na Emha há 15 anos, passou a criação dos meus filhos que vão completar 18 e 20 anos” disse Ângela que hoje paga R$ 500,00 de aluguel.

Para a Auxiliar de cozinha, Luciana Vargas, 38 anos, moradora de aluguel no bairro Santo Antonio, afirma que ate ouvi que toda esta ação, ainda parece um longo caminho, mas que para quem esta a 17 anos na luta e tem que criar dois filhos, é um sonho sendo concretizado. “Desde 1997 corro atrás de uma casa com meu filho no colo, que tem 17 anos e hoje o outro com 10 anos, terá ou teremos nosso primeiro Natal sem pagar aluguel e com este dinheiro vamos ter uma verdadeira ceia. Mas acima de tudo estar no sonho de nossa casa própria tornando-se concreto, nas paredes do apartamento. Vamos para um pouco mais longe, mas vamos sair do aluguel, que vai valer muito à pena, tirar os R$ 600, que pago na casa, do meu trabalho suado para usufruirmos com mais coisas”, comentou.

Tempo de adaptação
As reuniões com equipe social da Emha, formada por Assistente Social, Psicólogas e agentes sociais, são para alem de repassar informações burocráticas, para adaptar os futuros moradores a nova realidade. “Vocês tem que lembrar agora, não só do problema maior que é o fim do aluguel. Mas que vão estar em outra realidade, de uma casa para um apartamento, por exemplo. De um bairro diferente, escolas, creche diferente, de convivência em outro espaço. De poder dizer que é sua casa, mas que terá que seguir até uma outra ou algumas regras novas. Que como sabemos, que para muitos, será mesmo uma outra vida. Por isso, temos que estar conversando, preparando esta nova realidade. E até quem não quiser ou não se adaptar não é obrigado a ficar”, repassava a Assistente Social da equipe MP Assessoria.

Contudo, a felicidade com a nova realidade superar tudo, como aponta Ademar Soares de Oliveira, 41 anos, casado há dois anos, com uma nova contemplada. “Boa expectativa, a cidade cresce e o que hoje parece longe, fica perto daqui a pouco e mesmo tudo na vida tem que ser adaptado, tem que se adaptar, mesmo que ate que tenha que mudar algum jeito de ser. Mas que vale a pena para ter a nossa casa própria”, disse.

Novas 1624 residências
A primeira etapa do residencial foi inaugurada em 11 de junho, com a entrega de 808 apartamentos. Com esta nova etapa vai ser totalizando 1.624 apartamentos/famílias no novo centro habitacional. 

O custo total da obra ultrapassou R$ 90 milhões e contou com recursos dos governos: federal (Programa Minha Casa, Minha Vida), estadual e da Prefeitura de Campo Grande/EMHA.