06 de junho de 2014 - 10h37

O estresse é contagioso

Comportamento
Por que todo mundo que trabalha comigo fica nervoso? - Getty Imagens

Assim como um espirro pode espalhar a gripe em um local de trabalho, o comportamento estressado daquele colega que vive teclando seu smartphone durante reuniões, não conclui frases nem para de checar e-mails, pode contaminar muita gente a seu redor – aquilo que Heidi Hanna, autora do livro Stressaholic, chama de estresse de segunda mão.

Isso não é apenas desagradável pessoalmente, mas pode afetar a produtividade de uma empresa, o clima de trabalho ou o relacionamento com clientes. Nosso cérebro tem a habilidade de captar sinais físicos emitidos por outras pessoas, como respiração curta, fala rápida, excitação, mudanças no tom de voz ou tensão física.

Por assimilar inconscientemente esses ritmos biológicos, o cérebro pode deflagrar processos de estresse, pois é treinado a se manter alerta diante de qualquer potencial ameaça, acionando mecanismos defensivos automáticos diante desses sinais.

O estresse de segunda mão se verifica sobretudo em escritórios abertos, onde se pode observar a atitude dos colegas e ser observado, despertando a necessidade de parecer ocupado e evitar comparações.

Para combater essa contaminação, a autora sugere três atitudes: mantenha a calma, sobretudo diante de executivos agitados que desejam mostrar como trabalham intensamente; faça pausas de cinco minutos a cada hora para respirar fundo ou observar a paisagem; e crie um ambiente de trabalho onde as pessoas canalizem sua energia de forma a evitar o estresse e, portanto, sua propagação.