A decisão unânime da categoria aconteceu na noite de ontem, em assembleia geral ocorrida na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Mato Grosso do Sul (Sinttel/MS), em função da proposta não atender os anseios dos trabalhadores, que esperam  há muito tempo pela valorização do trabalho que fazem, e principalmente pelos sucessivos lucros que vem proporcionando à empresa no Estado.

Após várias reuniões com os representantes da empresa, a comissão negociadora representada pelos sindicatos de Rondônia, Tocantins, Goiás, Mato Grosso e MS não conseguiu convencer a empresa de conceder um reajuste que atendesse minimamente as necessidades dos trabalhadores que representa.

Houve ainda uma última reunião, ocorrida na tarde de ontem com representantes da empresa, onde mais uma vez a comissão negociadora tentou justificar o descontentamento dos trabalhadores e compor um acordo favorável para a categoria e evitar a greve.

Mesmo tendo avançado no índice apresentada na última reunião ocorrida na semana passada, os trabalhadores julgaram estar muito longe do esperado, rejeitando a proposta e aprovando a greve, que vai iniciar à zero hora de segunda-feira, depois de cumprir todos os ritos legalmente estabelecidos pela lei para deflagração de greve.

Os trabalhadores pede um reajuste de 10% linear; piso da categoria por função; auxilio creche de R$ 350; Programa de Participação nos Resultados (PPR) de R$ 224; auxílio refeição de R$ 18/dia; pagamento de ticket refeição 100% nas férias e em casos de doenças; jornada de 36 horas semanais para quem usa audiofone, sem redução de salários, entre outros itens que a categoria acredita que a empresa pode conceder sem prejuízo à folha de pagamento.

Na primeira reunião, a empresa ofereceu 4% de reajuste; na segunda chegou a 5% e nesta última disse que o seu teto máximo de reajuste seria de 6%; PPR com valor potencial de R$ 100 com base em metas, critérios e parâmetros de 2013; não quis falar sobre a regulamentação de piso salarial; o valor do ticket alimentação seria de R$ 16 para jornada de 8 horas e R$ 7,40 para jornada de 6 horas e atendeu poucos itens da pauta dos trabalhadores.

A Telemont disse que o motivo para não conceder um reajuste melhor aos seus trabalhadores estaria no contrato que mantém como terceirizada da Oi e que estaria sendo exprimida pela operadora com serviços de baixa rentabilidade e de difícil execução.