Sobe para oito os mortos em protestos na Venezuela
Internacional
Pelo menos oito pessoas morreram e 137 ficaram feridas em protestos nas últimas duas semanas na Venezuela, de acordo com um novo balanço divulgado nesta sexta-feira. Ao todo, 24 pessoas estão em liberdade condicional por atos violentos nos protestos e mais 80 foram presas apenas ontem. Elas serão julgadas em tribunais de Anzoátegui, Aragua, Carabobo, Lara, Caracas e Miranda, de acordo com a procuradora-geral Luisa Ortega.
A cidade de San Cristóbal, em Táchira — berço dos protestos estudantis que se espalharam pelo país —, permanece militarizada após vários dias de distúrbios. Em diferentes avenidas principais era observada uma forte presença de militares e policiais, ao mesmo tempo em que em outros pontos dezenas de estudantes reuniam escombros e lixo para fechar vias com barricadas. Em outros espaços da cidade, como o Obelisco, um grupo protestava pacificamente com bandeiras e panelas, impedindo a circulação de veículos e sob o slogan “Estudantes!”.
As manifestações estudantis que atingem a Venezuela começaram no dia 4 de fevereiro em protesto pela insegurança nas universidades, depois que uma jovem da Universidade de Los Andes sofreu uma tentativa de estupro e roubo no dia 3 de fevereiro. Dali em diante, se espalharam por todo o país e se tornaram violentos, com confrontos entre estudantes, forças de segurança e grupos armados ilegais. Táchira foi um dos estados onde os protestos violentos foram vistos com mais força, razão pela qual o presidente Nicolás Maduro advertiu que pode ditar um estado de exceção através dos poderes especiais conferidos à Assembleia Nacional.