Pelé pede que brasileiros protestem só depois da Copa e 'não estraguem a festa'
Futebol
O rei do futebol, Pelé, 73, voltou a mostrar preocupação com os protestos nas cidades brasileiras durante o Mundial de 2014. O brasileiro de maior visibilidade no mundo, na área futebolistica e até em geral, pede aos compatriotas que lutem pelos seus direitos, mas deixem a Copa do Mundo no Brasil, acontecer sem problemas.
Pele lembrou ou deu a entender que o esporte coletivo não tem culpa pela mazelas nacionais, como ainda que o mesmo faz ou tenta fazer ao contrário ou também que o evento mundial só trará benefícios ao país. "Vamos deixar passar essas festas e vamos exigir. Futebol não tem nada com isso. Acho que o futebol não tem nada a ver com a corrupção dos políticos. O futebol sempre enalteceu o Brasil. Os jogadores sempre trouxeram promoção muito grande para o Brasil", disse.
Pele completou pedindo reflexão sobre o momento e que se coloque o evento, conqusitado a 'com muito esforço', acima de tudo ou do atual momento brasileiro. "Espero que a gente tenha essa consciência: deixar passar a Copa do Mundo. Aí vamos reivindicar o que os políticos estão roubando ou desviando. Isso é outra coisa. O futebol só traz divisas e só traz benefício para o Brasil", disse, em entrevista ao canal ESPN Brasil.
Embaixador do esporte
Nomeado pela presidente Dilma Rousseff como embaixador honorário da Copa em 2011, o ex-jogador pediu uma espécie de trégua aos manifestantes para que o país receba os turistas e aproveite a oportunidade de realizar uma competição sem problemas.
O ex-jogador e hoje grande empresário incluiu os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, como outra oportunidade que não pode ser prejudicada por protestos. "Agora temos três eventos maravilhosos: a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e as Olimpíadas. O país pode encher de turista e receber todo o benefício desse turista. E o próprio brasileiro fica estragando uma festa dessas. Quando falei isso ano passado, muita gente não entendeu," disse Pelé.
Ele admitiu que ficou preocupado durante a Copa das Confederações, em junho de 2013, mas, na sua opinião, a conquista da seleção brasileira amenizou as manifestações. "A sorte é que Deus é brasileiro, e o Brasil foi campeão. Aí sossegou um pouco".