28 de janeiro de 2014 - 07h36

Aversão a emergentes faz dólar subir e encerrar em R$ 2,42

Economia
A aversão aos ativos de países emergentes - moedas e ações - se manteve ontem, dando continuidade ao movimento iniciado na semana passada. O nervosismo é potencializado, segundo analistas, pela reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), que acontece na quarta-feira. Além de decidir a política monetária do país, o Fed poderá cortar em mais US$ 10 bilhões os estímulos mensais à economia americana. Por isso, o dólar deverá ficar pressionado nos próximos dias.
 
"Acredito que o Fed deve cortar os estímulos em US$ 10 bilhões, mesmo com dados menos favoráveis do mercado imobiliário e do emprego. O resultado será um dólar mais alto por aqui, já que a tendência é ‘sobrar’ ainda menos capital para os países emergentes", avalia Álvaro Bandeira, economista da Órama.
 
O dólar iniciou a sessão de hoje em alta, reverteu a tendência após o leilão de dólares no mercado futuro feito pelo Banco Central, mas voltou a subir. No fechamento, a moeda americana encerrou negociada a R$ 2,423 na compra e R$ 2,425 na venda, uma alta de 1,17% e a maior cotação desde o dia 22 de agosto do ano passado, quando a moeda americana fechou a R$ 2,432.
 
Na máxima do dia, a moeda atingiu o patamar de R$ 2,428 (alta de 1,29%) e na mínima foi negociado a R$ 2,391 (queda de 0,25%). No câmbio turismo, utilizado pelos turistas que vão ao exterior, a moeda americana fechou negociada a R$ 2,59, uma alta de 2,37%.
 
No exterior, as moedas de países emergentes, como a lira turca, o rand sul-africano e o peso mexicano, também se depreciaram frente ao dólar. Mas o real teve uma baixa mais expressiva.