26 de janeiro de 2014 - 17h26

Mulheres grávidas poderão ser vacinadas contra coqueluche

Saúde
Divulgação
O Instituto Butantan vai produzir uma versão acelular da vacina contra a coqueluche para que mulheres grávidas possam ser imunizadas contra a doença a partir do ano que vem. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 7 milhões de mulheres deverão ser beneficiadas com a vacinação.
 
Atualmente, a vacina contra a coqueluche é disponibilizada somente para crianças, por meio do Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde. A cobertura contra a doença começa com a vacina pentavalente, administrada aos dois, aos quatro e aos seis meses de vida. Além da prevalente, a criança recebe dois reforços com a vacina DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche. O primeiro reforço deve ser administrado aos 15 meses e o segundo, aos quatro anos.
 
Segundo o Instituto Butantan, um acordo de transferência de tecnologia firmado com o laboratório GlaxoSmithKline (GSK) permitirá a  fabricação da vacina acelular no Brasil. O diretor do Butantan, Jorge Kalil, disse que a versão atual da vacina, celular, é aplicada apenas em crianças porque é tóxica para adultos. “Para evitar que as mulheres grávidas bebês contraiam coqueluche e transmitam a doença aos filhos, o governo federal resolveu fazer a vacinação das gestantes. E, para fazer isso, precisa ser a vacina acelular”, explicou Kalil.
 
Causada pela bactéria pertussis, a coqueluche tem como principal sintoma uma tosse desenfreada e incontrolável que, em casos graves, pode levar até mesmo à morte. “A vacina de pertussis [a DTP] existe há muitos anos no Brasil. A vacina [atual] de pertussis é feita com a bactéria inteira, o que é muito eficaz e dá uma imunidade muito longa”, disse o médico.