19 de janeiro de 2014 - 08h30

Reforma de Dilma põe em jogo mais de cinco mil cargos

Política
Numa administração em que os postos comissionados estão entre os mais numerosos do mundo, a reforma ministerial desenhada pela presidente Dilma Rousseff afetará mais de um quinto dos cargos de livre nomeação do governo federal.
 
Levantamento feito pela Folha mostra que, nas oito pastas em que a saída do titular é praticamente certa, estão abrigados e sujeitos à troca algo como 5,1 mil cargos do tipo (Direção e Assessoramento Superiores (DAS).
 
Essas vagas permitem acomodar, conforme a conveniência do ministro ou do Palácio do Planalto, servidores públicos, especialistas da iniciativa privada e apadrinhados políticos, sem exigência de concurso, qualificação ou experiência para a função.
 
O número de nomeados potencialmente envolvidos na reforma se aproximará dos seis mil se, como é considerado provável, o petista Aloizio Mercadante, hoje na pasta da Educação, for o escolhido para substituir sua colega de partido Gleisi Hoffmann na Casa Civil.
 
Ao todo, o Executivo federal conta com 22,6 mil cargos DAS ocupados, segundo dados de outubro do ano passado. Isso significa, em média, um em cada 26 servidores civis, mas as proporções podem ser muito mais dramáticas dependendo da pasta.
 
Entre os ministérios que passarão em breve por uma troca de comando, o maior número de nomeados, 1.925, está na Saúde de Alexandre Padilha, que deixará o posto para concorrer ao governo de São Paulo pelo PT.