07 de janeiro de 2014 - 14h29

Armas químicas começam a ser removidas da Síria

Internacional
A Organização para Proibição de Armas Químicas informou nesta terça-feira (7) que as armas químicas da Síria começaram a ser removidas do país. O órgão, vinculado às Nações Unidas, é responsável por coordenar a destruição do arsenal químico do regime de Bashar al-Assad.
 
O primeiro lote de agentes químicos foi carregado em um navio dinamarquês, no porto sírio de Latakia, e já está em águas internacionais. A escolta marítima está sendo feita por China, Dinamarca, Noruega e Rússia.
 
Segundo o diretor da Divisão de Inspeção da Opaq, o brasileiro Marcelo Kós Silveira, a expectativa é que o trabalho continue nos próximos dias se as condições de segurança e logística permitirem. De Latakia, o material será transportado para um porto na Itália e transferido para um navio americano que fará a destruição em águas internacionais.
 
"Estamos nos esforçando para que todo o material ou parte dele seja retirado do país o mais rápido possível. Se tudo ocorrer bem, pode acontecer ainda neste mês", afirmou Silveira, de Haia, acrescentando que em torno de 700 toneladas de agentes químicos serão destruídos.
 
De acordo com o diretor, a conclusão da primeira remoção estava prevista para 31 de dezembro, mas sofreu um atraso devido aos combates intensos e a problemas logísticos, que impediram a entrega de estoques aos locais onde as toxinas são preparadas para serem levadas ao porto.
 
A coordenadora especial da missão, Sigrid Kaag, pediu à Síria que mantenha os esforços para completar a retirada das armas químicas o quanto antes, de maneira segura.
 
A Rússia, que tem dado um apoio crucial a Assad durante os quase três anos da guerra civil síria, transportou por avião 75 veículos armados e caminhões para o país para levar os artefatos químicos a Latakia.
 
O governo sírio aceitou entregar suas armas químicas até junho, nos termos de um acordo proposto pela Rússia e Estados Unidos, depois de um ataque com gás sarin em 21 de agosto atribuído pelas nações ocidentais ao governo de Assad.