Fabio Trad cobra ações de segurança e desenvolvimento para a fronteira
Política
O deputado federal Fábio Trad cobra do Governo Federal um papel de maior protagonismo na fronteira de Mato Grosso do Sul com Bolívia e Paraguai, combinando políticas públicas de desenvolvimento e o fortalecimentos das forças de segurança que atua na região, um corredor natural do tráfico de armas, drogas e cigarros.
“Não basta apenas comprar armamentos, viaturas, ampliar efetivo ou criar novas unidades das Polícias Rodoviária Federal e Federal. O Estado precisa se fazer presente com ações que garantam aos municípios desta região de fronteira, perspectiva de crescimento econômica, oportunidades de emprego e renda para seus moradores. Mantida a situação atual cria-se um campo fértil para o crime organizado se estabelecer e suprir a ausência do Estado”, avalia o parlamentar.
Fábio Trad lembra que não é por acaso que os cinco municípios com pior índice de desenvolvimento do Estado (Tacuru, Sete Quedas, Coronel Sapucaia,Paranhos e Japorã)sejam justamente localizadas na faixa de fronteira com o Paraguai. “Nesta contexto e fundamental o Governo Federal garantir os investimentos necessários a conclusão do asfalto da rodovia sul-fronteira, que ligará Ponta Porã a Sete Quedas”, observa.
O deputado sustenta a urgência de reforçar a estrutura de segurança pública da região. A faixa fronteiriça sul-mato-grossense totaliza 1.517 quilômetros: 1.131 km com o Paraguai (434 km de fronteira seca) e 386 km com a Bolívia (319 km seca). São cerca de 600 quilômetros de fronteira, sem nenhuma barreira física e sem fiscalização, o que facilita a rota do tráfico da droga e do contrabando.
Esforço das Polícias
Mesmo assim, o deputado reconheceu o esforço das polícias Federal e Rodoviária Federal no combate ao crime na fronteira. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) é exemplo da necessidade de fortalecimento das instituições que atuam na fronteira: dos pouco mais de 10 mil policiais, aproximadamente 2 mil atuam nas regiões de fronteira do País.
No Mato Grosso do Sul, a PRF tem 411 profissionais, mas apenas 128 atuam na fronteira – quando o ideal seria a presença de pelo menos 288 policiais naquela região.- A falta de policiais e os poucos investimentos em programas sociais na fronteira são os principais obstáculos no combate ao crime – sustenta o deputado, que fez gestões junto ao Ministério da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que seja no Estado, o Programa Brasil Seguro, ainda restrito a alguns estaduais nordestinos.
“Promovemos audiências públicas, estivemos com o ministro, o vice-presidente da República e os presidente da Câmara e do Senado, acompanhadas das dirigentes da entidade Mães da Fronteira, cobrando estas ações”, lembra Trad. Para o deputado é fundamental valorizar a atuação dos policiais que atuam na faixa de fronteira. “ Hoje eles recebem uma diária de R$ 91,00 para trabalhar. As delegacias não têm suporte físico para armazenar o material apreendido nas operações e as condições de trabalho também são mínimas”, observa.