Cesta Básica registra alta de mais 1,12% em outubro na Capital
Economia
A inflação vem subindo em Campo Grande, ao menos no custo da alimentação e produtos básicos da Cesta Básica Individual. A alta no último mês, avança em outubro, onde subiu 1,12% em relação ao mês de setembro, que já havia registrado pequena queda. O aumento foi de sete, dos 15 produtos da cesta, perfazendo o valor R$ 277,56 ante o mês anterior de R$ 274,48. Os itens em ascensão foram o tomate, banana, carne, macarrão, leite, sal e laranja, conforme dados da pesquisa realizada mensalmente pela Secretaria Estadual de Planejamento (Semac).
O acumulado deste ano, nos últimos seis meses tem variação positiva no custo de 8,80%. Nos últimos 12 meses, caiu um pouco e assinala 5,98% de variação. No mês passado, dentre os 15 produtos que compõem a Cesta Alimentar, os sete em alta nos preços, marcaram: tomate 13,88%; banana 9,88%; carne 3,90%; macarrão 2,44%; sal 2,27%; laranja 1,53% e leite 0,44%. Os produtos que registraram queda de preços: feijão 7,15%; alface 4,27%; batata 1,61% e açúcar 0,79%. Mantiveram seus preços inalterados: margarina, óleo, pão (francês) e arroz.
Segundo a equipe técnica da Semac responsável pela pesquisa, com a incidência de pragas nas lavouras de tomate, nas principais regiões produtoras, sua produtividade foi reduzida, o que provocou alta de preço 13,88%. Este ano não houve concentração de oferta da banana e sua qualidade foi boa, fatores que elevaram seu preço 9,88%. E com a colheita da safra do feijão, seu volume elevou no mercado nacional com consequente queda nas cotações 7,15%. A intensificação da colheita da alface 4,27% e da batata 1,61% com elevado volume ofertado no mercado interno registrou queda de preços respectivamente.
No dinheiro
Com base nos preços encontrados, a pesquisa constatou que o trabalhador que recebe um salário mínimo de R$ 678,00 precisou comprometer 40,94% de sua renda para aquisição da Cesta Alimentar no mês de outubro.
Os consumnidores entre os números, sentem a alta no bolso, com certeza. "Já começou a doer no bolso o aumento dos produtos básicos. Sempre que venho ao supermercado, agora, tem surpresa com algum preço mais caro. O tomate, a carne e o leite estão muito caros. O custo para comprar as mesmas coisas já está mais pesado que antes. Apesar do aumento em porcentagem ter sido pequeno neste mês, no final do ano se formos totalizar esses aumentos com certeza eles ultrapassam 10%”, avaliou Felicio Ortega, Assistente Social aposentado.
Cesta Básica Familiar
A Semac também pesquisa o custo da Cesta Básica Familiar, composta por um painel fixo de 44 produtos, que deve preencher as necessidades de higiene (5 produtos), limpeza (7) e alimentação (32). No mês de outubro, essa cesta de produtos apresentou alta de 0,68% em relação ao mês anterior, registrando a importância de R$ 1.263,26.
As variações acumuladas nos últimos seis meses apresentam queda de 1,97%, no ano a variação positiva de 5,67% e nos últimos 12 meses 7,91%. Dentre os 44 produtos pesquisados que compõem a Cesta Familiar, 21 apresentaram alta de preço, 16 apresentaram queda e sete mantiveram os preços inalterados.