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18 de dezembro de 2025 - 11h26
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ARTIGO

O poder da educação na autonomia e empoderamento de meninas e mulheres

Edvânia Provinciato (*)

18 dezembro 2025 - 09h00Por Edvânia Provinciato
Edvânia Provinciato é diretora das unidades Afesu Morro Velho e Afesu Veleiros. É gestora de Recursos Humanos e pós em Gestão Escolar.
Edvânia Provinciato é diretora das unidades Afesu Morro Velho e Afesu Veleiros. É gestora de Recursos Humanos e pós em Gestão Escolar. - (Foto: Divulgação)

Sabemos que projetos sociais focados na educação de meninas e mulheres não são apenas ações humanitárias, mas investimentos estratégicos que alteram trajetórias individuais, familiares e nacionais. Por exemplo, quando uma menina frequenta e conclui mais anos de escola, os efeitos se estendem para além do desempenho escolar, como o impacto na saúde, na economia doméstica, e na capacidade de participação política e social.

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Do ponto de vista econômico, a educação de meninas gera retornos concretos. Segundo um estudo recente realizado pela Plan International e pelo banco Citi, investir em meninas adolescentes resulta não apenas no crescimento individual delas, mas também na melhora da economia de todo o país. Conforme o estudo, países que implementarem intervenções que garantam que 100% de suas meninas completem o ensino secundário até 2030, podem observar um aumento de até 10% em seu Produto Interno Bruto (PIB). Isso significa que cada ano adicional de escolaridade tende a se traduzir em ganhos de longo prazo para elas e suas comunidades. Esses números transformam a narrativa uma vez que um projeto educacional bem desenhado deixa de ser gasto social para ser motor de crescimento econômico.

Os efeitos sociais são igualmente profundos. A educação feminina se correlaciona com menores taxas de mortalidade infantil, melhores indicadores de saúde materna e maior adoção de práticas de prevenção e cuidados de saúde. Mulheres escolarizadas têm mais autonomia para tomar decisões sobre sua vida reprodutiva e sobre os cuidados com os filhos. Promover o acesso e a conclusão da educação por meninas contribui diretamente para reduzir a pobreza e melhorar a qualidade de vida nas comunidades mais vulneráveis.

Também há avanços mensuráveis na ampliação do acesso: números do Censo da Educação Superior 2023 contabilizaram 59,1% de presença de mulheres na educação superior no Brasil baseadas nas 10 milhões de matrículas desse nível. Isso demonstra que políticas públicas combinadas com ações locais (bem como bolsas, programas de transporte seguro, capacitação de professoras, programas de alimentação escolar, e ações de sensibilização comunitária) fazem diferença quando há coordenação e financiamento contínuo.

Projetos sociais que priorizam a educação de meninas e mulheres não são apenas gestos de justiça social, mas instrumentos comprovados de transformação econômica e da sociedade. Eles aumentam renda, melhoram a saúde pública, reduzem as desigualdades e rompem ciclos intergeracionais de pobreza. Investir nesse setor é, portanto, investir no futuro coletivo, com retorno social e econômico mensurável.

(*) Edvânia Provinciato é diretora das unidades Afesu Morro Velho e Afesu Veleiros. É gestora de Recursos Humanos e pós em Gestão Escolar.

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