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17 de novembro de 2025 - 12h27
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ARTIGO

Gestão financeira em instituições de ensino

Leonardo Chucrute (*)

17 novembro 2025 - 10h25Por Leonardo Chucrute
Leonardo Chucrute é professor de matemática, diretor  geral e CEO do Zerohum
Leonardo Chucrute é professor de matemática, diretor geral e CEO do Zerohum - (Foto: Divulgação)

Para que uma instituição de ensino se mantenha sustentável, é indispensável uma gestão financeira eficiente. Para ter sucesso no setor da educação não basta ter só uma boa equipe pedagógica. É necessário manter a escola saudável economicamente. Para que isso aconteça, o primeiro passo é organizar o fluxo de caixa. Todo gestor precisa ter controle sobre entradas e saídas, prever sazonalidades e manter uma reserva de emergência.

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O planejamento orçamentário anual é outro pilar essencial. Com base na previsão de receitas e despesas, é preciso avaliar reajustes salariais, manutenções, investimentos pedagógicos, campanhas de marketing e inadimplência. Um erro comum é gastar tudo com estrutura e esquecer que o coração da escola é o pedagógico, que exige também investimento, atualização e formação docente.

Um erro recorrente na gestão de negócios educacionais está relacionado à precificação inadequada. Muitas instituições deixam de negociar no momento da compra e acabam incorporando diversos projetos extracurriculares sem considerar devidamente esses custos em sua estrutura financeira.

A inadimplência, aliás, é um dos grandes desafios desse setor. Criar políticas claras de cobrança, oferecer canais de negociação e cultivar o bom relacionamento com os pais pode ajudar a reduzir esse índice. Lembre-se de que o diálogo é tão importante quanto o controle técnico.

Outro erro comum e perigoso é não separar as finanças pessoais das contas da pessoa jurídica. Muitos empreendedores educacionais misturam esses universos, o que leva a decisões equivocadas e à perda de visão estratégica.

A tecnologia também pode contribuir. Softwares de gestão escolar auxiliam na automatização de tarefas, geram relatórios, emitem boletos e acompanham a saúde financeira em tempo real. São ferramentas que melhoram na tomada de decisões e evitam surpresas desagradáveis.

Por fim, avalie constantemente os indicadores financeiros da sua instituição: custo por aluno, margem de lucro, índice de renovação e evasão. Com dados na mão, é possível fazer ajustes rápidos e estratégicos. Também leve em consideração a necessidade de avaliar a relação com os pais, famílias e seu time.

Lembre-se: boa gestão financeira não é apenas "cuidar do dinheiro", mas garantir que a escola possa cumprir sua missão, que é transformar o mundo por meio da educação com qualidade e segurança. Assim estará garantida a sustentabilidade e o sucesso do negócio.

(*) Leonardo Chucrute CEO do Zerohum, mentor de empresários, palestrante e autor de livros didáticos.

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