
A vida é um conjunto de ciclos de altos e baixos em que as decepções amorosas e familiares marcam profundamente as pessoas. No entanto, é fundamental enxergar essas adversidades como o recomeço para a cura emocional.

Quando alguém se sente desiludido ou frustrado, a primeira reação pode ser o desânimo ou a autocrítica; porém, essas experiências podem servir como o primeiro ímpeto para resgatar a individualidade e a estabilidade emocional.
Valorizar-se como pessoa é um elemento crucial na saúde psicoemocional. Quando a autoestima é abalada por relacionamentos tóxicos, sejam eles afetivos ou familiares, é comum que a pessoa se sinta perdida e sem valor. É nesse momento que a cura das suas emoções deve ser uma decisão pessoal. O primeiro passo é identificar o que a faz sofrer, sem julgamentos.
Já se perguntou sobre quando foi a última vez que sentiu uma satisfação plena consigo mesmo? A resposta pode revelar que o caminho para a cura está na busca por autoconhecimento e na reflexão sobre o que realmente se deseja na vida. Geralmente, as pessoas nos relacionamentos esquecem de quem são e vivem apenas o sonho de quem amam. Procure reconsiderar suas prioridades e interesses para elevar a autoestima.
Algo que ajuda muito é estar ao lado de pessoas que oferecem apoio. Relações saudáveis são essenciais para a recuperação emocional. Amigos e familiares que a compreendem e incentivam a seguir em frente podem ser uma fonte poderosa de força interior. Divida experiências e ouça histórias de superação para se inspirar e lembrar que ninguém está sozinho em suas lutas.
Além disso, praticar a gratidão pode mudar sua visão de mundo. Ao focar nas coisas boas da vida, em meio às dificuldades, é possível cultivar uma mentalidade positiva. Anotar em um diário as coisas pelas quais se é grato ajuda a reprogramar a mente para enxergar o lado positivo das experiências, promovendo um sentimento de realização e autoestima.
Curar-se emocionalmente não é um processo linear; ele alterna entre percepções e sentidos que podem levar meses e, às vezes, até anos. Aceite-se exatamente como você é, reconhecendo que cada passo dado à recuperação é uma vitória.
Não se deixe levar pelo sofrimento, use-o como combustível para crescer e se reinventar como pessoa. Os recomeços são chances reais de elevar a autoestima e descobrir a melhor versão de si mesmo, fortalecendo a confiança para viver um presente e um futuro melhores.
(*) O autor de “Devaneios dos Amores Obcecados”, Vagner Faustino Fernandes é escritor e palestrante, com pós-graduação em Psicologia Positiva e Coaching.
