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ARTIGO

A luta contra a discriminação sindical

Carlos Santos*

3 julho 2025 - 09h35Por Carlos Santos*
Carlos Santos, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande - SECCG
Carlos Santos, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande - SECCG - (Foto: Divulgação)

Assim como em qualquer profissão, o movimento sindical também enfrenta suas exceções negativas. Mas é injusto generalizar ou desmerecer o trabalho sério e comprometido dos sindicatos que atuam com responsabilidade, coragem e transparência em defesa das categorias que representam. São essas entidades que, dia após dia, enfrentam o peso das negociações com o patronato, resistem às pressões externas e se mantêm firmes na preservação e ampliação dos direitos dos trabalhadores.

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O Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande – SECCG é um desses exemplos de dedicação e seriedade. Sob nossa liderança e com o esforço coletivo de toda a diretoria, temos atuado de forma incansável para garantir melhores salários, condições dignas de trabalho e valorização profissional aos comerciários da capital, e não nos limitamos apenas às mesas de negociação: também enfrentamos um desafio ainda mais silencioso, porém igualmente perigoso – a tentativa de enfraquecimento dos sindicatos por meio de campanhas difamatórias, muitas vezes incentivadas por grupos econômicos ou políticos que só enxergam os trabalhadores como números ou votos.

É necessário que, cada trabalhador reflita profundamente sobre o papel que os sindicatos desempenham na defesa de seus direitos trabalhistas. Sem essas entidades, quem negociaria com a entidade patronal por seu aumento salarial anual? Quem garantiria abonos, participação nos lucros, condições seguras de trabalho, benefícios e tantas outras conquistas históricas? A verdade é que nenhuma empresa oferece essas melhorias espontaneamente. É preciso luta, preparo técnico, conhecimento jurídico, resistência e, sobretudo, representatividade legítima – algo que apenas o sindicato pode oferecer.

Recentemente, o SECCG conquistou uma vitória significativa para os trabalhadores de gêneros alimentícios e supermercados, ao fechar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2025/2026 com importantes avanços. Conseguimos um abono de R$ 750,00, um reajuste 50% maior que o anterior, a ser pago em três parcelas: nos salários de julho e outubro de 2025 e março de 2026. Também garantimos um reajuste salarial de 8,11% sobre os pisos da categoria, um ganho real acima da inflação, além de retroativo de 5,20% referente aos meses de abril, maio e junho, a ser pago integralmente na folha de junho, ou, a depender do fechamento da folha podendo ser pago na folha de julho/25

Os novos pisos salariais, válidos a partir de 1º de julho de 2025, são: Empregados em geral: R$ 1.665,00; Garantia mínima para comissionados: R$ 1.862,00; Empacotadores: R$ 1.649,00.

Essas conquistas não surgem do acaso. São fruto de muito esforço, responsabilidade e respeito à base que representamos. Lutamos com firmeza, ouvimos as demandas da categoria e conduzimos negociações técnicas e estratégicas, mesmo em um cenário econômico desafiador. E mais uma vez, mostramos que é possível avançar quando há união, coragem e preparo.

O SECCG não é apenas um espaço de luta sindical, contamos também com um dos melhores Clubes de Campo da cidade, dentro da área urbana de Campo Grande, com completa estrutura para o lazer, o esporte e o convívio familiar dos comerciários e amigos.

Em tempos de ataques à representatividade sindical, o SECCG continua sendo uma fortaleza em defesa dos direitos e da dignidade dos trabalhadores. Valorizá-lo, portanto, não é apenas um ato de reconhecimento, mas uma escolha consciente por mais conquistas, proteção e qualidade de vida.

Por isso, é fundamental que cada trabalhador compreenda a importância de estar junto ao seu sindicato. Eu, na empresa sou apenas um número, porém, unido a todos, nos tornamos mais fortes. Pois a força de uma categoria não está apenas nas palavras ou nos discursos, mas na união de seus membros. Quando caminhamos sozinhos, somos facilmente ignorados. Mas quando nos unimos, nos tornamos uma força coletiva impossível de ser ignorada.

*Presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande - SECCG

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