
Imagine o mundo há dois mil anos. O planeta era “loteado” entre o Império Romano e outros impérios. A vida seguia seu curso com toda a simplicidade que se pode imaginar. As pessoas acreditavam em qualquer coisa que se dissesse com mais intensidade.

Como um verdadeiro rebanho, os seres humanos tinham seus destinos comandados por poucos. Não havia recursos básicos como os que temos hoje. Tudo era mítico e igualdade e fraternidade nem eram conquistas levadas a sério.
Pois um homem corajoso e diferente se levantou em favor de um povo oprimido. Imbuído de uma capacidade extraterrena, moveu montanhas. Convenceu seu povo a segui-lo, foi seguido e perseguido.
Criou códigos de convivência humana que são válidos dois mil anos depois. Morreu e deixou seu legado. Hoje, ser cristão é sinônimo de ser pacífico, amar ao próximo “como a ti mesmo” e ter compaixão de tudo e de todos.
O que sabemos da história de Jesus Cristo, no entanto, é sobre sua infância e do período em que já era adulto. Sua adolescência e juventude são pouco comentadas. Estudos recentes revelam que Jesus aprendeu boa parte do que sabia com os Essênios, povo que vivia nos desertos onde hoje é Israel, e que tinham como base de vida valores adotados pelo Cristianismo. João Batista era um essênio, considerado um dos apóstolos com maior influência sobre Jesus Cristo. O hábito do batismo nas águas vem dos Essênios, além de lições de higiene, saúde, beleza e, principalmente, amor ao próximo. Portanto, devemos aos Essênios, a família de Jesus, a base de nossas crenças. Adaptar esses ensinamentos aos dias de hoje não é má ideia e é uma proposta. Vamos entender melhor o legado que Jesus Cristo nos deixou e ter orgulho de nos identificarmos como cristãos.
O Sermão da Montanha
Um dos momentos mais marcantes da vida de Jesus Cristo foi o sermão da montanha. Trata-se de uma das provas cabais da liderança do filho de Deus. Um homem que nasceu simples, mas que revelou o Messias.
A vista das multidões, subiu Jesus a um monte e sentou-se. Acercaram-se dele os seus discípulos e ele, abrindo os lábios, pôs-se a ensiná-los dizendo:
A defesa dos mais fracos:
“Bem-aventurados os pobres pelo espírito, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os tristes, porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão a misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos Céus.
(Trecho do livro “E agora, Meu Deus?”, de Marco ASA)
