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29 de setembro de 2025 - 16h01
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ESPAÇO

"Quase-lua": Asteroide 2025 PN7 acompanha a Terra desde 1957 e seguirá até 2083

Objeto foi identificado em agosto no Havaí; não representa risco de colisão e pode ajudar em futuras missões de exploração espacial

29 setembro 2025 - 09h15Williams Souza
Asteroide 2025 PN7, classificado como quase-lua, permanecerá acompanhando a Terra até 2083.
Asteroide 2025 PN7, classificado como "quase-lua", permanecerá acompanhando a Terra até 2083. - (Foto: SCIEPRO/Getty Images/Reprodução)

Astrônomos confirmaram a presença de um pequeno asteroide que viaja em sincronia com a Terra há quase seis décadas. Batizado de 2025 PN7, o corpo celeste integra a categoria das chamadas quase-luas — rochas que orbitam o Sol, mas permanecem próximas ao planeta por longos períodos.

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O objeto foi registrado pelo observatório Pan-STARRS, no Havaí, e posteriormente localizado em imagens de arquivo, o que permitiu reconstruir sua trajetória. Estima-se que o asteroide esteja entre 16 e 49 metros de diâmetro — menor que uma piscina olímpica — e que continuará acompanhando a Terra até 2083, quando deve seguir para uma órbita mais distante, empurrado pela gravidade solar.

O que diferencia quase-luas de miniluas - As quase-luas, como o 2025 PN7, orbitam o Sol em ressonância com a Terra, mantendo-se por perto por décadas ou séculos. Já as miniluas chegam a ser capturadas pela gravidade terrestre e orbitam o planeta por poucos meses antes de retomar sua trajetória no sistema solar.

Por seguirem trajetórias semelhantes às da Terra, essas rochas despertam atenção da comunidade científica. Elas são consideradas acessíveis para missões não tripuladas, exigindo menos combustível e trajetos mais curtos. Outro exemplo é Kamoʻoalewa, alvo da missão chinesa Tianwen-2, lançada em maio, que deve trazer amostras em 2027.

Ainda não há consenso sobre a origem de 2025 PN7. Ele pode ter vindo do grupo de asteroides Arjuna ou ser um fragmento ejetado da Lua após um impacto antigo. Apesar das dúvidas, simulações descartam risco de colisão: sua distância mínima da Terra foi de cerca de 300 mil quilômetros — pouco menos que a da Lua — e pode chegar a até 17 milhões de quilômetros no afastamento máximo.

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