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PANTANAL

Peão atacado por onça no Pantanal reencontra jornalista que virou amigo

Três anos após se conhecerem em uma expedição de saúde, jornalista reencontra o peão que sobreviveu a um ataque de onça.

10 outubro 2025 - 16h41Ricardo Eugenio
Flávio Ricardo é socorrido por equipe do Corpo de Bombeiros e levado de helicóptero após ser atacado por uma onça no Pantanal sul-mato-grossense.
Flávio Ricardo é socorrido por equipe do Corpo de Bombeiros e levado de helicóptero após ser atacado por uma onça no Pantanal sul-mato-grossense. - (Foto: Reprodução)

No último dia 04 de outubro, na região isolada da Fazenda Milagres, no Pantanal sul-mato-grossense, o peão Flávio Ricardo Espírito Santo viveu o que descreve como um milagre. Aos 28 anos, ele foi atacado por uma onça-pintada enquanto voltava a cavalo com um colega. O animal cravou os dentes em sua perna e o derrubou do cavalo. Sangrando, conseguiu montar de novo e cavalgar por cerca de meia hora até a sede da fazenda, onde recebeu os primeiros socorros da esposa. Em seguida, foi resgatado de helicóptero e levado à Santa Casa de Campo Grande.

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Peão atacado por onça reencontra jornalista que conheceu anos antes durante expedição no Pantanal
O jornalista Paulo Cruz visita o peão Flávio Ricardo Espírito Santo, que se recupera na Santa Casa de Campo Grande após ser atacado por uma onça no Pantanal.

Dias depois, ainda internado, Flávio reencontrou um rosto conhecido. O jornalista Paulo Cruz, que havia visitado sua comunidade três anos antes durante a expedição Alma Pantaneira, descobriu que o peão ferido era o mesmo homem que ele conheceu enquanto acompanhava atendimentos médicos, odontológicos e veterinários em fazendas da região. Na época, Flávio levou sua cadelinha para uma consulta com a equipe veterinária e criou uma conexão com Paulo durante as conversas.

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A amizade foi retomada em um cenário bem diferente do primeiro encontro. Paulo Cruz ficou abalado ao reconhecer o peão como a vítima do ataque. Disse que Flávio representa o verdadeiro pantaneiro, aquele que vive do trabalho e, ao mesmo tempo, cuida da natureza. Emocionado, acompanhou de perto sua recuperação.

Hoje, Flávio guarda as presas da onça em um pequeno pote. Diz que é sua forma de lembrar que recebeu uma segunda chance. Apesar dos ferimentos, ele afirma que quer voltar logo ao campo. Para ele, a vida continua no ritmo da lida, mas agora com ainda mais significado.

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