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"Meu hobby me permitiu ver meu trabalho com outro olhar" conta advogada Trabalhista

A advogada Cláudia Abdul Ahad Securato conta como o seu gosto pela leitura a influenciou a ver o seu trabalho com mais leveza

14 abril 2023 - 17h37Iury de Oliveira
Cláudia Abdul Ahad Securato
Cláudia Abdul Ahad Securato - (Foto: Arquivo Pessoal)

Foi durante umas férias para comemorar seus 40 anos que a advogada Cláudia Abdul Ahad Securato teve a ideia de criar um perfil no Instagram para falar de um dos seus hobbies, a leitura.

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De 2019 pra cá, o @livrosdaclau acumula mais de 26 mil seguidores adeptos da leitura dos títulos indicados pela campo-grandense radicada em São Paulo há mais de 20 anos.

Com uma carreira consolidada no Direito e os filhos já não tão dependentes para as tarefas de rotina, a workaholic Claudia conseguiu incluir esse projeto na sua agenda.

Confessa que no início uma das vontades era de ter trocas mais leves e positivas. “ O Direito tem uma rotina pesada. Ninguém procura o advogado pra contar algo bom, e eu gosto muito de compartilhar, das comunidades. Eu gosto muito de leitura desde pequena e aí resolvi abrir um perfil em que pudesse falar desse meu amor pela leitura”.

Ela detalha que optou por não monetizar o hobby, mas que apesar disso produz o conteúdo ali com muita seriedade, em respeito ao público qualificado e engajado que conseguiu reunir. Um privilégio, por exemplo, é o clima de troca e conversa entre semelhantes, sem nenhum caso de haters.

Dos últimos projetos, Cláudia conta do mais recente, que estimula leitura de autoras brasileiras contemporâneas, e a realização de lives com as escritoras das obras. A cada início de mês, há a indicação do livro e a live sobre ele acontece ao fim de cada mês.

Sem necessariamente levantar a bandeira do feminismo, Claudia incorpora em suas atitudes no dia-a-dia a defesa do feminino. “Não é uma bandeira, é algo muito natural e que sempre foi da minha personalidade. Eu não preciso sair gritando para ser feminista. Eu acho que a gente precisa apoiar umas às outras, mas não precisa ser uma luta, é algo que se leva a frente e vai aflorando”, enfatiza.

Claudia comenta que consegue enxergar esses valores inclusive em homens, como seu marido, o empresário da área de Educação José Cláudio Securato. Destaca ainda o quanto isso será fundamental para que seus filhos cresçam com consciência. “Meu marido fala que é um feminista e de fato vejo pela forma como cria a Helena, a forma como a desafia, igual faz com os meninos. É muito bom pensar que meus filhos vão ser criados com essa consciência. Quando se fala em promoção de igualdade entre homens e mulheres, a primeira atitude deveria ser a conscientização, consciência de que existe uma diferença e que isso é ruim para todos”, explica.

“A partir do momento em que se dá uma vassoura para sua filha e um brinquedo de montar para seu filho, você já está ditando onde isso vai parar. É preciso ter consciência das mensagens que se passa para a filha e principalmente para o filho, para que não trate a mulher como menor”, conclui.

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