Casar, ter filhos e formar uma família é o desejo de muitas pessoas. Assim como muitos, a servidora pública Luciana Athaide também tinha esse sonho, mas o caminho não foi fácil. Depois de realizar diversos tratamentos para engravidar, a servidora encontrou a possibilidade de realizar o sonho através da adoção e contou ao Light toda a trajetória até se tornar mãe.
“Me casei com 21 anos e eu sempre quis ter filhos, ter a minha família. Como não tínhamos estabilidade financeira, eu e meu marido Luzemir, estávamos estudando. O tempo foi passando, os amigos tendo filhos e decidimos que tinha chegado a hora de formamos a nossa família, mas não conseguíamos engravidar pelo método natural, tentamos por uns 4 anos sem procurar ajuda médica”, contou.
O casal resolveu procurar ajuda médica para saber o porquê da dificuldade de engravidar. Luciana desconfiava que tinha endometriose, porém ao realizar diversos exames, nada foi constatado.
A servidora pública Luciana Athaide sempre teve o sonho de ser mãe
“Começamos a fazer tratamento com medicamentos e outros métodos. A partir daí, foram 5 anos tentando esses métodos e não conseguimos, com isso, optamos pela inseminação artificial, pois já tínhamos uma vida mais estabilizada para investir nesse sonho”, revelou.
Em 2013, o casal realizou duas inseminações artificias in vitro, que resultaram negativamente. “Todo tratamento é bem desgastante, dolorido e custoso, principalmente para a mulher, pois com os remédios o corpo muda, temos várias reações e a pior delas é o abalo emocional”, disse Luciana.
A servidora optou então, por não realizar mais nenhum tratamento para engravidar, pois já estava há 15 anos tentando e não conseguia. Foi então que a opção de adotar passou a ser considerada pelo casal.
O casal passou por todo o processo de adoção
“Já vínhamos cogitando a adoção, mas eu confesso que eu tinha um certo receio, tinha medo da minha família não aceitar e ter alguma resistência. Esses pensamentos ocorrem quando você não tem conhecimento de como funciona o processo de adoção”, afirmou.
Após muita conversa, Luciana e o esposo decidiram dar entrada no processo de adoção. “Tínhamos muito amor para ser entregue e queríamos alguém para repassar esse amor e esse cuidado”, comentou.
O casal passou por todo o processo de adoção, curso preparatório, entrega de documentação e questionário para definir o perfil da criança.
“Demos entrada e foram 2 anos aguardando. Passamos pela avaliação socioeconômica, avaliação com um psicólogo e depois não ficamos sabendo de mais nada. Confesso que eu fiquei bem decepcionada, eu sabia que o processo de adoção era demorado, mas já fazia dois anos que tínhamos dado entrada, o prazo estava terminando e se quiséssemos continuar teríamos que renovar todos os documentos”, explicou.
Um tempo depois, o esposo de Luciana recebeu a tão esperada ligação da assistente social do fórum para que o casal comparecesse ao local.
Os pais realizando o aniversário do pequeno Léo
“Chegamos e a equipe já estava esperando a gente. O Fórum de MS tem um programa chamado adoção consciente que trabalha com mulheres que engravidam e querem entregar os filhos para a adoção”, explicou Luciana.
No local, a assistente social contou a história da mãe que engravidou e fez a entrega do recém-nascido para a adoção, esse recém-nascido tinha 7 dias de vida e estava disponível para a adoção.
“Ela nos mostrou uma foto e contou a história do Benjamim. A primeira vez que eu olhei para a foto eu vi o meu marido no bebê, achei muito parecido. Dali em diante é como se fosse uma experiência fora do corpo”, relatou.
Quando foi ao hospital conhecer o bebê, Luciana deu a primeira mamadeira para o Benjamim como mãe, ela relata que todos estavam emocionados e o que ela sentia por dentro era muito grande.
“Ele estava de olho fechado, e quando eu cheguei perto ele abriu o olho e deu um sorriso, na hora foi mágico, meu filho nasceu no meu coração naquele momento, eu olhei para ele e falei, é meu. Olhei no olhinho dele e disse você é meu filho, você vai para casa. Foi amor à primeira vista, foi entrega ali naquele momento”, contou.
Hoje, Leonardo Benjamim tem 1 ano e 8 meses e é fruto de uma espera que durou por anos
“Ele não tinha nada, única coisa que levamos para ele foi um pacote de fraldas. Não esperávamos, sempre falamos que viramos pais do dia para noite. Eu me senti como se ele realmente tivesse saído de dentro de mim, jamais imaginava que Deus me agraciaria com um recém-nascido”, disse a servidora.
Os primeiros meses foram intensos, mas a adaptação foi um sucesso e o casal comemorou a conquista junto com a família. Hoje, Leonardo Benjamim tem 1 ano e 8 meses e é fruto de uma espera que durou por anos, mas que valeu a pena.
“O sentimento que eu tenho a respeito da adoção é de um sonho realizado, o Léo é um bebê de 20 anos de espera. Os meus pais sonharam junto, sobrinhos, amigos e irmãos receberam o Leonardo de braços abertos. Ele é a minha realização, cada dia é um aprendizado novo e uma descoberta nova”, finaliza emocionada.
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