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20 de outubro de 2025 - 12h27
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ARTESANATO

Malotes dos Correios viram bolsas sustentáveis com identidade pantaneira

Projeto transforma resíduos em acessórios exclusivos e ajuda a manter ações sociais do Moinho Cultural

20 outubro 2025 - 09h00Carlos Guilherme
Lucienne Lopes transforma malotes dos Correios em acessórios com bordados do Pantanal
Lucienne Lopes transforma malotes dos Correios em acessórios com bordados do Pantanal - (Foto: Divulgação)

O que antes era usado para transportar correspondências, hoje ganha nova vida como acessório de moda. A proposta, liderada pelo Instituto Moinho Cultural em parceria com a artesã Lucienne Lopes e apoio do Sebrae/MS, reaproveita malotes dos Correios para criar peças sustentáveis, com direito a bordados de bichos do Pantanal e muita história para contar.

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O material, que já estava fora de uso, se transformou em cerca de 150 itens exclusivos: 50 mini mochilas, 50 bolsas rolê e 50 nécessaires, todos com uma forte identidade regional. As peças também têm um papel social: parte da renda ajuda a financiar as atividades do Moinho Cultural, que há mais de 20 anos atua na fronteira com ações voltadas à arte, educação e empreendedorismo criativo.

“Esse projeto une sustentabilidade, empreendedorismo e impacto social. É uma forma de transformar resíduos em oportunidades, mostrando que moda e consciência podem caminhar juntas”, afirma Mônica Macedo, diretora do Instituto.

Lucienne Lopes transforma malotes dos Correios em acessórios com bordados do Pantanal

Lucienne, que começou a costurar em 2008 em cursos do próprio Moinho, hoje lidera um ateliê reconhecido pelo estilo autoral. Os produtos são feitos manualmente e bordados com animais típicos do Pantanal, como araras, onças, capivaras e tamanduás.

“No início eu fazia peças simples, mas ninguém se interessava. Foi quando vi uma toalha com uma capivara bordada que me inspirei a criar meus próprios desenhos. Isso virou minha marca”, conta Lucienne.

O trabalho da artesã chamou atenção e vai cruzar fronteiras: ela foi convidada a representar o projeto na COP30, que acontece em Belém (PA). “Vai tudo com um pedacinho do Pantanal. Cada peça tem uma história, um bicho, uma lembrança do nosso lugar. É emocionante poder mostrar isso para o mundo”, diz.

A parceria com o Sebrae veio por meio do programa Move Mais, voltado a pequenos empreendedores. O apoio técnico ajudou a resolver uma das principais dificuldades do ateliê: acesso à matéria-prima. A partir disso, surgiu a ideia de reaproveitar os malotes de lona.

“A Lu Lopes já fazia um trabalho incrível. O que fizemos foi conectá-la com o Moinho Cultural para ampliar a produção e abrir novos mercados. É um exemplo claro de como o trabalho em rede fortalece tanto o negócio quanto o propósito”, explica Isabella Montello, gerente de Competitividade e Inovação do Sebrae/MS.

Como parte do acordo, a cada dez peças produzidas, uma é doada para a loja colaborativa do Instituto. A ação fecha um ciclo que combina geração de renda, reaproveitamento de materiais e impacto social.

Além da COP30, os produtos podem ser encontrados nas redes sociais do Lú Lopes Ateliê e em feiras de artesanato em Campo Grande.

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