Presentes nos quatro cantos da cidade, desde a região central até a periferia e também nas rodovias que dão acesso a Campo Grande. Os motéis fazem parte da vida de muitos casais de namorados, maridos e esposas e também dos infiéis. Para alguns é apenas uma noite e nada mais, já para outros três horas de motel são poucas. Uma das datas mais movimentadas nesses lugares é o Dia dos Namorados, comemorado neste domingo (12). Pensando nisso, o Jornal A Crítica decidiu ouvir histórias não-convencionais e as avaliações dos campo-grandenses sobre esses locais.
RELATOS
Quando falamos a palavra “Motel”, logo associamos a sexo e momentos de prazer com uma pessoa especial. No entanto, nem sempre é isso que acontece. Apesar de atualmente os motéis serem conhecidos como um lugar para encontros amorosos de rápida duração, ou a famosa “rapidinha”, os relatos contados pelos frequentadores revelam situações inusitadas ou embaraçosas vividas nesses locais. Confira abaixo alguns dos relatos.
“Late coração, cachorro late coração! Auuuu”
"Foi lá pelos idos de 99, fui com minha namorada ao motel pela primeira vez. A gente não tinha carteira de motorista, muito menos dinheiro para o táxi, então fomos a pé. Era para ser nossa noite de luxúria, com champanhe e tudo mais. O problema é que tinha um casal no quarto ao lado que gemia muito, muito mesmo. Estava atrapalhando a gente, mas dava para continuar. Até que o cara começou a rosnar como um cachorro e de repente começou a latir e latiu por um bom tempo. Com isso, a gente broxou de vez. Ficamos esperando os dois dormirem para poder começar a nossa festinha. Foi bizarro". R.M., 33.
“Entre tapas e beijos, é ódio, é desejo!”
"Eu e meu namorado ainda éramos ficantes, devia ser a segunda vez que íamos ao motel, quando a camisinha ficou presa lá dentro. E o constrangimento? Me tranquei no banheiro tentando tirar e nada. Abrimos um lubrificante superfaturado para ver se ajudava, nada. Deitei com as pernas abertas e ele tentou, nada. Foi quando falei: 'vamos ter que ir ao hospital'. Para piorar, na espera eu contei que tinha dito para a recepcionista que éramos namorados, para evitar mais constrangimento, e ele me responde: 'peraí, você está indo rápido demais'. Eu desatei a chorar e dei um sermão nele. No consultório, a médica tirou a camisinha e me mostrou: 'você está menstruada?'. Não, a camisinha era de morango mesmo", V.G., 30.
“Bonito, que bonito, hein?! Será que eu estou atrapalhando o casalzinho aí?”
“Eu e meu namorado sempre escolhemos motéis bem discretos, daqueles que o atendente nem faz contato visual com a gente. Uma vez fomos aproveitar em um motel de luxo da cidade, era no começo ainda, escolhemos uma suíte com hidromassagem e com tudo temático, mas eu acabei esquecendo de fechar a porta direito. De repente, na hora do rala e rola, a camareira do motel entrou no quarto abrindo a porta com tudo e nos pegou no flagra. Foi um dos momentos mais constrangedores que já vivi! Ela disse que achava que o quarto estava vazio, porque a porta estava entreaberta, depois pediu desculpas e nem conseguia olhar no nosso rosto! Eu desculpei ela, mas não consigo me desculpar só de lembrar da situação! hahaha”, V.G., 27.
AVALIAÇÕES
Depois de vivermos as histórias, nada melhor do que comparar as avaliações desses motéis e relacioná-los com músicas. De Marília Mendonça a Thiaguinho, as canções trazem amores, desamores, lembranças boas e memórias ruins. Cada música citada a seguir tem uma semelhança com as vivências relatadas.
3 Horas de Motel - Henrique e Juliano
O primeiro casal aqui é um que deu muito certo. A noite não foi a ideal com núpcias, rosas, versos e vinhos. Tudo começa em uma festa, ambos se conheceram e foram a um lugar não muito aconchegante. Só que o quarto ficou pequeno para eles. Hoje, segundo a avaliação, são casados e tudo começou em uma madrugada:
“O motel marcou muito para mim. Era uma festa, aí conheci ela na madrugada. Pensa em um motel pulgueiro, onde a cama era tipo capim, chuveiro só cano, água bem gelada… levantava qualquer morto. Agora o céu ficou pequeno para nós dois. Há 30 anos. E hoje essa mulher é minha esposa” - LS.
Por mais três horas - Marília Mendonça
Ainda relacionada às três horas - em geral o tempo de uma permanência nos motéis - trazemos a música da saudosa Marília Mendonça. No caso, a avaliação traz um amor casual, carinhoso, mas que durou somente uma tarde. A pessoa foi amada.
“Muito bom passar a tarde em um motel com um amor casual. Ai que saudades dos carinhos, dos beijos e do afago da mão dele. Se eu morrer hoje, morrerei feliz porque amei e fui amada.” - CF.
Sem Ele e Sem Mim - Suel
Nem tudo são flores. E a avaliação da vez aprovou o lugar, os detalhes da permanência foram bons, atendimento ótimo. Mas ‘a atração principal’ não atendeu às expectativas.
“Ruim foi a companhia” - GL.
Eu Mereço - Rick e Renner
Era para ser só uma transa a mais, mas não foi assim que o autor da avaliação pensou. A música de Rick e Renner fala que um “raio rouba a paz”. No caso, o lugar não rendeu uma boa experiência. E foi o estabelecimento que acabou ficando com o troco.
“Péssimo lugar! Na saída, a atendente para ficar com o troco alegou que teria de pagar a lavagem da roupa. Ela ficou com o troco. Fui literalmente roubado. Nunca apareçam lá!”. - AP.
Amor de Motel - Simone e Simaria
Alguns passam três horas, pernoitam, outros são mais rápidos na hora de ir a um motel. Nem que seja somente dez minutos de prazer (no caso da avaliação foi o dobro disso). No estabelecimento que ganhou cinco estrelas, o diferencial foi ter tempos curtos.
“Esse motel faz tempos curtos, tipo 20 minutos, uma rapidinha” - JL.
Motel - Thiaguinho
Muitos casais começam um grande relacionamento em festas. Outros dão aquela escapadinha para aproveitar momentos de prazer. Na música de Thiaguinho, tudo se inicia na pista de dança. No relato a seguir, ‘juntou a fome com a vontade de comer’.
“Foi o máximo que tem festas nos fundos e super recomendo o apartamento”. - TF.
Motel Afrodite - Marília Mendonça
Por mais que não seja convencional, algumas pessoas utilizam as instalações de motéis para descansar ou ficar um tempo sozinho. Só que Marília Mendonça nos ensinou em Motel Afrodite que tirava a roupa, tomava um banho e um vinho. Para a Patroa, o relato terminou em tristeza com a moça da cabine sendo ‘gente boa’. Já para a pessoa da avaliação, tudo foi muito indiscreto.
“Fui lá sozinha, porque meu prédio estava sem energia e eu precisava de um banho nesse frio que está. A sorte é que fiquei em uma suíte com banheira. Mas não tinha secador, chinelos e ainda bem que estava sozinha, porque a toalha de banho é ruim. Fora que a moça da portaria me olhou como se eu fosse uma ET. Se for para namorar nem adianta. Se for para descansar, também não aconselho. Bem indiscreto o lugar.” - VI.
Suíte 14 - Henrique e Diego
A vida inteira e o amor de sobremesa. O último casal que avaliou um estabelecimento de Campo Grande mostrou que tem lugar que une ótimo atendimento com estrutura, comida, telefones, bebidas e tudo mais. A ‘suíte 14’ deles estava perfeita.
“ Os atendentes cumprimentam, falam o número do quarto. O ambiente é limpo, arrumado, esteticamente bonito. O cardápio para pedir comidas, bebidas, telefones é bom. Funciona o secador de cabelo, tem toalhas,chinelos,caixinha com música, televisão e preservativos.” - PL.
DIA 12 'TÁ' AÍ, HEIN...
Ficou inspirado com os relatos e as avaliações inusitadas dos ‘cenários de amor’ e quer ter a sua própria experiência? Fique tranquilo, pensamos em tudo para que você possa gozar de um dia feliz. Confira abaixo um mapa com opções de motéis em Campo Grande.
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