
Ícone da música popular brasileira, a cantora Gal Costa morreu nesta quarta-feira (9) aos 77 anos. A informação foi confirmada pela equipe da cantora, e a causa da morte ainda é desconhecida.

Mas ao longo de sua trajetória profissional a artista passou por Mato Grosso do Sul algumas vezes. As últimas foram bem marcantes, já que em julho de 2019, pouco antes da pandemia da Covid-19, Gal puxou um coro para manifestação de sua plateia, em um show no Festival de Inverno de Bonito, a 295 km de Campo Grande.
Na ocasião, a cantora se preparava para entrar no palco e cantar “Bloco do Prazer”, quando o público começou a gritar palavras de ordem: “Ei, Bolsonaro, vá tomar no c*”. A banda então seguiu tocando no ritmo do protesto, que em seguida ganhou adesão da cantora. Diante da plateia e com microfone afastado, ela incentivava os protestos, para em seguida retomar a canção: “Pra libertar meu coração/ Eu quero muito mais/ Que o som da marcha lenta”.
Dois anos depois, e após a interrupção de shows e eventos em todo o País por conta da Covid-19, a cantora foi uma das primeiras a se apresentar em Campo Grande. Com a vacinação já disponível, apresentou sua última turnê “A Pele do Futuro” em outubro do ano passado. Na ocasião foi obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação e/ou teste PCR com resultado negativo para a Covid-19 com no máximo 72 horas de antecedência da realização do evento.
A cantora Gal Costa em sua última turnê "A Pele do Futuro"
Histórico - A cantora passou recentemente por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita, e por isso se afastou dos palcos por recomendação médica. Ela era uma das atrações do festival Primavera Sound, no último fim de semana, mas a apresentação foi cancelada de última hora.
A cirurgia foi feita em setembro, após a apresentação da cantora no Coala, outro festival de música em São Paulo. Ela não voltou a se apresentar depois, mas tinha turnê marcada para dezembro e janeiro.
Na década de 80, sua voz deu vida para temas de novelas, e seus álbuns em parceria com diversos artistas da MPB fizeram grande sucesso. Foi nessa década que Gal Costa abraçou causas sociais e se mostrou ativista, usando a música para trazer visibilidade para causas como a seca no Nordeste.
Suas criações sempre tiveram co-participação de artistas relevantes, e nos trabalhos mais recentes, Gal arriscava incluir sons eletrônicos para atualizar sua obra, como no álbum Recanto, de 2011, aclamado pela crítica. A 'Gracinha' se foi, mas o legado continua vivo!
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