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CASE DE SUCESSO

Criadora da MyCookies mostra que trajetória de sucesso não acontece do dia para noite

Em um bate papo descontraído ao podcast Vivências com Viviane Feitosa, a empresária relembrou com carinho toda a trajetória da marca que hoje conta com mais 30 unidades espalhadas pelo País

3 setembro 2022 - 11h00Carlos Ferreira
Natalie Pavan, fundou o MyCookies
Natalie Pavan, fundou o MyCookies - (Foto: Divulgação)

Quando se fala de case de sucesso no ramo do empreendedorismo em Mato Grosso do Sul, impossível não se lembrar de Natalie Pavan, fundadora da marca MyCookies. Criada em 2016, a franquia nasceu de forma “tímida”, com Pavan vendendo os deliciosos biscoitos em frente às escolas e, por conta do sabor, as encomendas começaram a surgir, e a partir daí era o início de uma nova história.

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Em um bate papo descontraído ao podcast Vivências com Viviane Feitosa, a empresária relembrou com carinho toda a trajetória da marca que hoje conta com mais de 50 unidades espalhadas pelo País. “Eu sempre fui otimista, desde o começo. Gosto de contar por que as pessoas perguntam se eu tinha dinheiro quando comecei, e eu não tinha. O que eu tinha era uma receita de cookie que fazia muito sucesso entre amigos e família. Eu comecei com o que estava ao meu alcance e na frente das escolas. Lembro que escolhemos o nome ‘MyCookies’ em um almoço de família”, recorda.

A empresária lembra que na ocasião, sem qualquer verba, alugou um espaço em um supermercado onde conseguiu negociar que o primeiro pagamento ocorresse após 30 dias de uso. “Eles não faziam isso, mas após eu conversar e alinhar com eles decidiram me fornecer o espaço para alugar”. Na sequência comprou um balcão parcelado no cheque, um freezer usado e um forno residencial que assava apenas oito cookies a cada 15 minutos.

No primeiro mês, Natalie faturou o suficiente para quitar o aluguel, as parcelas do balcão e um salário para o amigo. O sucesso e a demanda exigiram que a marca crescesse junto com as vendas e encomendas. Natalie transformou o simples em extraordinário. “Eu trabalhei na época com as ferramentas que eu tinha em mãos. Eu ainda fiquei um ano no meu emprego CLT. Tudo o que eu ganhava na primeira loja, eu investia ali... Já as minhas despesas eu vivia do salário do meu outro trabalho”, destaca. Para aqueles que romantizam o empreendedorismo, Natalie é enfática ao dizer que não é uma área tão simples quanto parece.

“Tem dias muito exaustivos – e isso é na maioria das vezes. A parte ‘glamurosa’ são esses momentos, por exemplo, que eu passei um make, coloquei um salto e vim falar com você [...] Mas no dia a dia, é suado, bem trabalhoso. Eu fiquei muito na dúvida entre deixar o meu emprego na época para ficar só na loja. Mas foi importante, pois todo o dinheiro da MyCookies que entrava, eu reinvestia ali. Foi aí que eu fui alavancando, até que chegou no ponto em que eu vi estava preparado para me dedicar 100% no meu negócio”, afirma.

A empresária elenca que é importante o empreendimento ter uma ‘maturação’. “Seu estabelecimento não vai bombar no primeiro dia em que abrir. Por isso é importante o capital de giro, preparação, se não você desiste no terceiro mês e é justamente isso que abordamos com os franqueados”, diz.

O tratamento com as pessoas que se interessam em ser responsável por uma loja da MyCookie também chama a atenção. Natalie afirma que uma ‘reunião de desistência’ é feita para mostrar os contras que os futuros proprietários terão que enfrentar caso abrir o negócio.

“Nessa reunião falamos tudo. Alguns dizem que querem serem seus próprios patrões, trabalhar menos e etc... No começo eu fiquei uns três anos sem sair de casa, sem ver os amigos, por que era muito trabalho. A franquia te entrega um produto testado, uma campanha pronta, comunicação visual, equipe, suporte, marketing... Mas a receita do sucesso é o franqueado, ele não pode querer terceirizar e aparecer no negócio quinzenalmente para buscar o malote. Ele tem que se dedicar para obter o sucesso”, explica.

Com a maturidade da marca, é natural que novas opções no cardápio surjam. Segundo Natalie, é preciso tomar cuidado para não ser igual todos os estabelecimentos do mesmo segmento. “Começamos a perceber o que os clientes querem, mas não queremos ser só ‘mais um’. Por isso criamos salgados com a cara da MyCookies, e que pudessem ser feitos na hora, tudo muito fresquinho. Eu sempre quis para esse lugar de originalidade, fugir um pouco do que todo mundo está fazendo e entregar qualidade”, salienta. Para ouvir o episódio completo acesse aqui.

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