
Empresária, psicóloga e professora, Carolina Philbois, 32, divide sua história com o Light e conta como escolheu Campo Grande para abrir seu negócio. A empresária está há sete anos atuando na Capital oferecendo um serviço de semijoias folheadas a ouro 18k e prata 925. A marca hoje é referência na cidade, lugar que ela escolheu para viver.

Natural de Corumbá, 450km da Capital, Carolina Philbois mudou-se para Campo Grande durante o terceiro ano do ensino médio em 2005, onde planejava fazer uma viagem de férias, e precisava juntar dinheiro. Pensando em levantar uma renda extra, decidiu produzir bijuterias para vender na escola para algumas amigas, a empresária só não imaginava que sua vida fosse mudar a partir disso.
Durante um tempo produzindo bijuterias para vender, e com a chegada de um novo ciclo, a faculdade, ela foi aprimorando os conhecimentos e ficou dois anos fabricando suas próprias peças. Como a demanda estava crescendo a empresária tentou conciliar com a faculdade, mas não estava conseguindo administrar. “Eu tinha várias coisas para fazer e muitos estágios na faculdade, não sobrava tempo para produzir as peças e vender", aponta.
Foi quando decidiu pegar peças para revender de uma colega da faculdade e ficou trabalhando assim por seis meses. Depois disso, ela escolheu vender semijoias por conta própria. “Foi no terceiro ano da faculdade, eu conversei com minha mãe e peguei três folhas de cheque emprestado e comprei R$1.500 em peças". Ela destacou, que na época não deu para encher uma maleta, e lembrou de como a mãe ficou preocupada.
Com o passar do tempo ela já conseguiu encher três maletas, mas aconteceu que durante uma festa pré-formatura no último ano de faculdade, ela deixou suas maletas no carro e todas as suas peças foram roubadas. “Por sorte eu tinha um pouco de dinheiro guardado, peguei todo esse dinheiro e fui para São Paulo comprar tudo e começar do zero", relembra.
Recomeço - Logo após perder tudo ela não desistiu, continuou vendendo na casa das pessoas, no seu apartamento e na faculdade. “Eu ia para aula com todos os livros e um monte de maletas. Além de vender de forma independente, também organizava bazar aos finais de semana com algumas amigas, ia para Corumbá visitar a família e aproveitava para mostrar as peças, dessa forma fui cativando aos poucos cada cliente em Campo Grande, Corumbá e região”, relata.
Quando Carolina se formou na faculdade a pretensão dela era atuar como psicóloga, e assim seus pais propuseram para que fosse fazer especialização em São Paulo, ela foi e ficou durante três anos estudando.
Mesmo fazendo pós-graduação em outro Estado, ela não deixou de vender suas semijoias durante os intervalos. Em São Paulo ela conheceu muita gente e fez várias amizades. A empresária conta emocionada da certeza que tinha em ser psicóloga. "A minha família é de comerciante, então veio comigo essa vontade, essa coisa do que fazer e para onde ir, eu tinha certeza que eu ia ser psicóloga! Mas isso foi tomando uma proporção muito maior e eu parei para me dedicar, porque ter a loja também era um sonho”, destaca.
Primeira loja - Em 2014 ela retorna para Capital a procura um espaço para alugar e abrir uma loja. “No início encontrei uma salinha pequena, não podia receber ninguém porque era uma sala ao lado da minha sogra, onde ela atendia como psicóloga e não poderia atrapalhar os pacientes e assim utilizei esse espaço apenas para guardar as peças e tirar de casa, fiquei lá durante dois meses”, relembra.
Em busca de outro local que pudesse receber as clientes ela decide alugar uma sala em um prédio na região central, que tinha 40 metros. Como ela trabalhava como professora em uma Universidade, precisou contratar uma funcionária. "Eu achava que não conseguiria ter uma funcionária, então a primeira foi uma prima minha que eu pedi ajuda para ela, e acabou ficando três meses comigo”, conta. E assim surgiu a primeira loja física, inaugurada em agosto de 2014. No total foram quatro anos com a loja dentro do prédio, até encontrar a atual loja.
Empresária na frente da sua primeira loja no prédio - (Foto: Arquivo pessoal)
Carolina então fechou parceria com a Ana Paula Velazquez, dona da loja de roupas Cora Store, as duas já eram amigas de infância e decidiram abrir juntas na Rua Bahia. “A parceria com a Cora foi um divisor de águas para nós enquanto empresa, porque são ramos que se complementam e eu e a Ana temos personalidades muito diferentes, uma apoia a outra em vários âmbitos e nós vamos crescendo juntas”, acrescenta Carolina.
Carolina Philbois e Ana Paula sócias e amigas de infância - (Foto: Reprodução/ Instagram)
Atualmente existem duas lojas da marca Carolina Philbois Semijoias em Campo Grande e está em andamento uma terceira loja na cidade, a empresária divide o sentimento que é morar aqui. “Eu adoro morar aqui, eu amo a cidade, a gente tem essa mistura de cidade grande e cidade pequena, todo mundo se conhece, e é muito fácil, rápido e prático estar nos lugares, então eu amo estar aqui. As coisas foram acontecendo aqui, eu não sei se foi uma escolha ou se eu fui escolhida”, acrescenta.
“Eu conquistei muitas coisas que sonhava, a loja física em Campo Grande era um sonho, jamais imaginei ter tantas pessoas trabalhando comigo, hoje que tenho, imagino ter mais, eu quero fazer a diferença na vida das pessoas, para que todos que passarem pela loja possam crescer junto com a gente ou crescer independente”, pontua.
Carolina compartilha uma frase: "É mais que uma venda é uma parceria, uma amizade, é a minha vida, é a maneira como eu conduzo as minhas coisas, eu quero que as pessoas se sintam em casa e conte com a gente,” finaliza.
Fachada da loja na Rua Bahia - (Foto: Arquivo pessoal)
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