
Elas andam em grupos, são tranquilas e se tornaram parte da paisagem de Campo Grande. No Parque dos Poderes e Parque das Nações Indígenas as capivaras circulam normalmente, atravessando ruas com a calma que virou sua marca registrada. Agora, esse comportamento mais 'relaxado' está conquistando o mundo.

A revista The New Yorker, uma das mais influentes do jornalismo internacional, dedicou uma reportagem ao animal na edição de fevereiro. O texto, assinado pelo escritor Gary Shteyngart, explora como a capivara se tornou um símbolo global de tranquilidade.
Em seu relato, o autor descreve sua primeira interação com o roedor em um café no Japão, onde visitantes podem interagir com as capivaras. "Sentei-me em um sofá ao lado de Pisuke, que olhava para frente com os dois olhos em forma de coco, gerando o que parecia ser simpatia e calma em toda a sala", conta o escritor.
Capivara é muito popular no Parque das Nações Indígenas - (Foto: Arquivo)
A capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é o maior roedor do mundo, parente das pacas e cutias. Vive em grupos próximos a rios, lagos e áreas alagadas, pois tem hábitos semi-aquáticos.
Apesar do porte avantajado – podendo pesar mais de 80 kg –, é um animal dócil e sociável, o que ajuda a explicar sua popularidade. No Brasil, é comum encontrá-la em diversas regiões, mas poucas cidades têm uma convivência tão próxima com esses animais quanto Campo Grande, onde as capivaras são parte do cenário e, muitas vezes, "donas" das ruas.
O sucesso do animal não se limita à reportagem da The New Yorker. A capivara também aparece no filme “Flow”, que venceu o Globo de Ouro e está indicado ao Oscar de Melhor Animação.
