
Professor de jiu-jitsu há 24 anos, Guilherme Giovanni começou a fotografar com o intuito de promover a sua academia, mas acabou apaixonado por registrar as belezas do Pantanal e pela conservação do meio ambiente. Hoje, Guilherme vende as suas fotografias e uma parte das vendas é destinada a uma ONG que cuida de animais resgatados no Pantanal.

O professor contou ao Light toda a sua trajetória e como começou a sua jornada na fotografia.“A foto nasceu de uma tentativa de fazer um site para minha academia, foi quando eu comprei uma câmera e depois de inúmeras tentativas, eu desisti. Tive a sensação de que as fotos não estavam boas”, contou.
Foi a partir daí, que o corumbaense teve a ideia de passar um final de semana no Pantanal para fotografar. “Em um final de semana que eu estava tranquilo, fui dar uma volta no Pantanal para explorar um pouco mais a máquina. Saí pegando uma parte da natureza e em uma dessas tentativas fiz uma foto de uma ave voando que me chamou muito atenção, porque foi uma foto diferente e ela me trouxe empolgação para fazer outras”, relatou.
Depois de buscar orientações, Guilherme começou a dar preços nas suas fotografias e de 2015 para cá já totaliza mais de 1.800 fotos vendidas
Guilherme continuou fazendo as fotografias durante os finais de semana e o seu foco mudou ao perceber que estava criando uma paixão pela natureza. “Eu criei um Instagram e fui postando as fotos. A partir daí veio a minha surpresa, porque as pessoas comentavam e a vontade de melhorar só foi aumentando. Comecei a explorar ângulos e focos diferentes e isso foi dando resultado. Eu nunca fiz nenhum curso de fotografia, eu lia, via as configurações e tentava reproduzir”, disse.
“Em 2015 eu recebi minha primeira proposta de venda, e eu não sabia o quanto cobrar por uma fotografia, minha intenção no começo nunca foi vender a fotografia, era somente fotografar e postar”, continuou.
Depois de buscar orientações, Guilherme começou a dar preços nas suas fotografias e de 2015 para cá já totaliza mais de 1.800 fotos vendidas. “Aos poucos você vai ganhando a confiança do público e tirando fotos cada vez melhores. A medida que você vai explorando, nasce aquela paixão por acompanhar ninhos, fazer flagrante da natureza e você passa a entender como a vida animal é tão inteligente quanto a do homem”, ressaltou.
Nenhum animal escapa das lentes de Guilherme
No período que as queimadas se intensificaram no bioma no ano passado, o professor se juntou com a atriz Fernanda de Freitas e começou uma campanha para ajudar no combate aos incêndios.
“Desde que os primeiros focos começaram, eu comecei a acompanhar, fui fotografando e vendo todo aquele fogo. Posso dizer que durante 2020 eu percorri uns 5 meses de estrada, algumas vezes de carona para lugares mais distantes, onde o meu carro não chegava”, contou.
A campanha foi estruturada e as fotos que o fotógrafo fazia, eram vendidas e boa parte do valor das vendas destinadas a uma ONG, que segundo ele, atua no Pantanal com muito carinho.
“Mobilizamos vários artistas que compraram fotos, pessoas ligadas ao meio ambiente que ajudaram. Fizemos essa campanha de setembro até dezembro do ano passado”, disse.
O professor explica que ama o que faz
Em dezembro de 2020 os incêndios diminuíram, mas o resgate e o tratamento de animais continuavam, por isso, Guilherme continua ajudando a ONG. “Eu fiquei muito feliz pois tive um alcance muito legal para o meu trabalho, muitas fotos vendidas e eu pude ajudar e contribuir para que essa situação amenizasse”, comemorou.
Por conta da pandemia, o professor teve que fechar a academia de jiu-jitsu. “Acabei tendo que fechar a minha academia, são 24 anos que eu vinha dando aula no mesmo lugar, na mesma rotina, mas infelizmente com a pandemia eu não consegui manter. Hoje eu vivo das minhas vendas, metade da minha vida foi dedicada a luta, mas eu também amo fazer fotografia”,
Ganhador de muitos prêmios e fotógrafo brasileiro mais vendido em um dos aplicativos de banco de imagens da Polônia, Suécia e Estados Unidos, Guilherme garante que em cada clique, ele transmite seus sentimentos.
Guilherme garante que em cada clique, ele transmite seus sentimentos
“Eu procuro colocar sentimentos nas fotos, acho que isso é imediatamente passado as pessoas. Isso me mantem com mais vontade de fotografar, de ir além, proporcionar mais fotos bacanas e continuar trazendo conscientização sobre preservação do meio ambiente”, finalizou.
Para conhecer um pouco mais sobre o trabalho de Guilherme Giovanni, o acompanhe nas redes sociais.
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