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ENTREVISTA DA SEMANA

Governo estadual lança campanha para o combate ao mosquito transmissor da dengue e outras doenças

“Nossa prioridade este ano, além da dengue e zika, é combater a chikungunya, pois já estamos com 400 mortes no Brasil”

30 outubro 2016 - 15h30Da Redação
As ações de combate ao mosquito da dengue entram na segunda etapa da gestão do governador Reinaldo Azambuja
As ações de combate ao mosquito da dengue entram na segunda etapa da gestão do governador Reinaldo Azambuja - Divulgação
Terça da Carne

As ações de combate ao mosquito da dengue entram na segunda etapa da gestão do governador Reinaldo Azambuja. Lançada oficialmente na ultima terça-feira (25), a Campanha Estadual de Continuidade no Combate ao Mosquito Aedes Aegypti segue com reforço de investimentos e incentivo financeiro pago aos agentes de saúde. Para auxiliar na “guerra contra o mosquito”, o Governo entregou 11 veículos que serão entregues aos núcleos regionais.

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A continuidade será executada por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES/MS) que reforçará os trabalhos de conscientização no combate ao foco de criadouros do mosquito Aedes Aegypti, em especial na redução do acúmulo de resíduos nas residências e em terrenos baldios nos municípios de Mato Grosso do Sul.

Durante o lançamento foram entregues 11 veículos que serão enviados para os núcleos regionais. São nove caminhonetes Fiat Strada com bombas de aplicação de veneno acopladas e dois veículos modelo Nissan Versa para a Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores, adquiridos com recursos próprios do Estado que representam R$ 527.300,00 em investimentos.

Para o período 2016/2017, as ações de enfrentamento ao mosquito contarão com o suporte da Sala Estadual de Situação que expandirá os seus trabalhos por meio das salas de situação regionais, formados junto aos núcleos regionais de saúde, para intensificar a coleta de informações e direcionamento de equipes em um trabalho conjunto aos municípios.

A Crítica - Na prática quando realmente começa esse trabalho de combate à dengue?

Nelson Tavares - Os trabalhos já estão em andamento. Este ano, implementamos os trabalhos de visita às residências reforçando os cuidados referentes a acúmulo de resíduos para se evitar criadouros do mosquito. Desde o início do ano estamos trabalhando em cima desta lógica, para evitar um cenário epidêmico no estado.

A Crítica - Em relação a outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, como chikungunya e zika, como será o trabalho?

Nelson Tavares – Nossa prioridade este ano, além da dengue e zika, é combater a chikungunya, pois já estamos com 400 mortes no Brasil. Tivemos no ano passado em torno de 30 mil casos, e estamos ultrapassando 200 mil casos. Aqui em Mato Grosso do Sul, em 2015 houve pouco mais de 100 casos e já estamos com 400 este ano. A chikungunya é debilitante e incapacitante. Em muitos casos, durante meses, às vezes. Então, precisamos redobrar nossa preocupação este ano, porque estamos com uma triste expectativa de que é possível que os casos de chikungunya aumentem muito aqui em Mato Grosso do Sul.

A Crítica - Em termos de equipamentos e mão de obra, quantos agentes estarão envolvidos e quais equipamentos serão usados? Haverá fumacê por todo interior?

Nelson Tavares - Realizamos as ações de acordo com os agentes que cada município possui. Para auxiliar nas ações, desde o ano passado, estamos capacitando pessoas de instituições parceiras no projeto Agente Colaborador, em que o profissional recebe instruções da SES no âmbito de cuidados para o enfrentamento ao aedes. A ideia é contar com um colaborador que repasse os cuidados para outros profissionais em sua instituição.

A Crítica – O governo vai receber kits do Ministério da Saúde para detectar rapidamente a dengue?

Nelson Tavares – Não sabemos ainda quando estarão disponíveis esses kits, mas com eles poderemos saber mais rapidamente onde temos maiores incidências de casos e tomar ações preventivas ou de bloqueios.

A Crítica - Em quanto tempo o kit prevê o diagnóstico da doença?

Nelson Tavares - Os kits rápidos são uma iniciativa do ministério da saúde. O anúncio por parte deles é de uma distribuição de 3 milhões de unidades no Brasil inteiro. Para MS, a previsão de chegada é de 30 de novembro. O tempo de diagnóstico para confirmação do Zika será de 20 minutos através do teste.

A Crítica - Em termos de investimentos no combate ao mosquito transmissor da dengue e outras doenças, quanto será disponibilizado para esse trabalho?

Nelson Tavares – Estamos planejando neste Verão em todo o Estado de Mato Grosso do Sul de recursos próprios do estado em torno de R$ 20 milhões. Esse valor é bem mais do que o feito em anos anteriores e agora iremos investir neste verão mais ou menos parte do que investimos no verão passado. No entanto, há o aumento de recursos que iremos repassar aos agentes comunitários, pois como as prefeituras estão entrando nesse trabalho paulatinamente, teremos mais gastos por conta disso.

A crítica - Como será a distribuição dessa verba para o combate à dengue?

Nelson Tavares – Além do repasse regular que fazemos aos agentes comunitários envolvidos no combate ao mosquito, estaremos ampliando nossa rede com a sala de comunicação para os municípios. E isso tem um custo. Principalmente com relação às intervenções que são necessárias serem feitas com os nossos parceiros, para que façamos bloqueios a partir daqui e em nossas regiões. Assim não precisaremos mobilizar os agentes que estão trabalhando na rotina.

A Crítica - O sistema de saúde estadual com as prefeituras está estruturado para uma demanda maior, como é esperado?

Nelson Tavares - Desde 2011, através do Plano Estadual de enfrentamento ao Aedes, a rede de atenção básica e hospitalar faz parte dos cuidados com a dengue. Não apenas os trabalhos em campo, mas a SES também dá suporte às unidades de saúde e hospitais no desenvolvimento de estratégias de assistência. Hoje toda rede de saúde é capacitada a receber pacientes com quadro clínico de doenças como a dengue e outras transmitidas pelo aedes. Todas as unidades de saúde e hospitais estão capacitadas.

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