
Um motociclista ficou gravemente ferido após se envolver em um acidente na tarde de ontem (8), na Avenida Tamandaré, em Campo Grande. A colisão aconteceu por volta das 16h45, nas imediações do cruzamento com a Rua Teodoro Roosevelt, uma área conhecida pelos constantes registros de ocorrências semelhantes.

A vítima sofreu um corte profundo na perna, com forte sangramento, e precisou ser atendida por uma equipe do Corpo de Bombeiros. Após os primeiros socorros no local, o motociclista foi encaminhado a uma unidade de saúde. Até o fechamento desta reportagem, não havia informações atualizadas sobre seu estado clínico nem detalhes sobre como ocorreu a colisão.
A região do acidente, próxima ao bairro Vila Marli, é frequentemente citada por moradores e comerciantes como ponto de risco, principalmente para quem se locomove de moto. Reclamações recorrentes envolvem falta de sinalização adequada, visibilidade comprometida por estacionamentos irregulares e excesso de velocidade.
Dados do Comando de Policiamento de Trânsito apontam que Campo Grande registrou 5.282 acidentes entre janeiro e junho de 2025, média de 29 por dia. Desse total, mais de 1.800 resultaram em vítimas e 17 foram fatais. As estatísticas revelam a relevância do tema para a segurança urbana, especialmente no que se refere ao tráfego de motocicletas.
Somente nos primeiros quatro meses deste ano, a Santa Casa da capital atendeu 393 vítimas de acidentes entre carros e motos. Outros 79 atendimentos envolveram colisões entre motocicletas. Esses números pressionam o sistema de saúde e evidenciam a urgência de intervenções viárias mais efetivas.
O cruzamento da Avenida Tamandaré com a Rua Teodoro Roosevelt não é um caso isolado. Em julho, dois motociclistas ficaram feridos em uma batida no mesmo local. Em agosto, outro acidente, dessa vez no bairro Jardim Seminário, envolveu uma moto e um carro tentando acessar uma via lateral. Nos dois casos, a falta de sinalização e a imprudência foram apontadas como causas principais.
Apesar de obras recentes de recapeamento e reordenamento de tráfego em pontos da Avenida Tamandaré, como entre a Avenida Júlio de Castilho e a rotatória da Euler de Azevedo, o trecho onde o acidente desta segunda-feira ocorreu ainda carece de melhorias estruturais mais visíveis.
Moradores relatam insegurança constante no trecho. “É só andar alguns dias por aqui que você vê o risco. Falta sinalização clara e respeito”, afirmou um comerciante que trabalha nas proximidades. A Prefeitura de Campo Grande ainda não se manifestou sobre novas intervenções no local.
A ocorrência foi registrada e será investigada pela Polícia de Trânsito.
