
O Instituto Senai de Inovação em Biomassa, em Três Lagoas, a 350 km de Campo Grande, acaba de dar um passo importante para avançar nas pesquisas com bioinsumos. A unidade foi autorizada a atuar em uma nova linha de estudo, voltada ao desenvolvimento de biomateriais e insumos renováveis. Junto com isso, o laboratório passou por uma modernização completa para dar conta da nova demanda.

A autorização foi dada pela Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), que já reconhece o trabalho do instituto em outras três áreas ligadas à transformação da biomassa. Agora, com essa quarta linha oficializada, o local ganha mais fôlego para atender empresas interessadas em soluções sustentáveis.
Para acompanhar essa expansão, o espaço de pesquisas recebeu novos equipamentos com tecnologia de ponta. O laboratório agora tem sistemas automáticos que controlam temperatura, umidade, iluminação e irrigação, criando o ambiente ideal para testes com plantas e insetos usados na agricultura.
Novo espaço automatizado no ISI Biomassa vai apoiar estudos com plantas e insetos usados na agricultura
Uma das novidades é a instalação de uma área chamada walk-in, onde é possível simular diferentes condições climáticas. Isso ajuda no desenvolvimento de produtos como biofertilizantes e defensivos biológicos, usados para substituir químicos na lavoura.
Segundo o diretor do instituto, João Gabriel Marini, a nova linha de atuação ajuda a posicionar Três Lagoas como referência em soluções baseadas em biomassa. “Nosso objetivo é deixar claro que temos estrutura para desenvolver inovação com impacto direto na indústria e na agricultura”, diz.
Layssa Okamura, coordenadora de pesquisa, lembra que a união entre ciência e tecnologia é fundamental para que esse tipo de inovação chegue ao campo. “Por isso, o investimento em estrutura é constante. Precisamos oferecer condições reais para testes e validações”, afirma.
O ISI Biomassa é mantido pelo Senai e funciona como uma das unidades Embrapii no Brasil. Seu foco é transformar resíduos e matérias-primas de origem animal, vegetal ou microbiana em produtos que aumentem a competitividade da indústria brasileira. Com a nova linha de pesquisa, a expectativa é atrair ainda mais projetos ligados à bioeconomia.
