
Um trem que não anda sobre trilhos, mas navega por cliques. Esse é o ponto de partida do Economia Quativa, um game educativo e cultural criado por alunos do curso Técnico em Programação de Jogos Digitais do Senac Hub Academy, em Campo Grande. Inspirado no clássico Trem do Pantanal, o jogo convida o jogador a embarcar em uma viagem digital por diversas cidades de Mato Grosso do Sul.

A entrega oficial do projeto será no dia 30 de setembro de 2025, às 19 horas, no Espaço Conexão, em Campo Grande, com a presença de representantes da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc).

No estilo point-and-click, o jogo propõe uma navegação simples e intuitiva. O personagem principal é um quati carismático, com traços humanos, que atua como guia e narrador. Ele conduz os jogadores por cidades como Campo Grande, Dourados, Bonito, Corumbá e Três Lagoas, apresentando marcos culturais, pontos turísticos e personagens importantes da história sul-mato-grossense.
A cada nova parada, o game apresenta experiências únicas, como o Festival de Inverno de Bonito, o Bioparque Pantanal, a Casa do Artesão e o tradicional Banho de São João, em Corumbá. Até Helena Meirelles, uma das figuras mais emblemáticas da música regional, ganhou espaço como inspiração dentro do roteiro digital.

O projeto nasceu de um desafio proposto pela Setesc para valorizar a economia criativa de Mato Grosso do Sul. A partir daí, os alunos simularam todo o processo profissional de um estúdio de games. Fizeram reuniões de criação, testes com usuários, ajustes no design e visitas presenciais a locais turísticos para garantir autenticidade ao conteúdo.
O docente Maurício de Souza Estevam, que acompanhou o desenvolvimento, explica que o objetivo era promover o conhecimento sobre o estado de forma interativa e atual. Segundo ele, o jogo consegue reunir cultura, inovação, arte e tecnologia em um único ambiente de aprendizagem.

A diretora de Educação Profissional do Senac MS, Gilka Trevisan, destacou que a proposta do Senac é justamente essa: unir conhecimento técnico ao que o mercado e a sociedade estão pedindo. Para ela, o Economia Quativa mostra como o aprendizado pode gerar soluções reais, conectadas com o território, com a cultura local e com a formação de profissionais preparados para os desafios contemporâneos.
O jogo também é uma vitrine para o turismo. Ele desperta curiosidade, reforça a identidade cultural do estado e apresenta, de forma leve e divertida, lugares que muita gente ainda não conhece. Ao transformar história e tradição em desafio e interação, o projeto também conquista espaço como ferramenta educacional e criativa.
Mais do que um trabalho de conclusão de curso, o Economia Quativa é um exemplo de como jovens podem usar a tecnologia para valorizar suas raízes, promover o turismo local e se inserir de forma inovadora no mercado de trabalho. Um jogo que começou como exercício de sala de aula, mas que já percorre um trilho com destino certo: o da transformação.
