
Suplementação de vitamina A segue como medida preventiva indispensável para garantir o desenvolvimento saudável de crianças de 6 meses a 5 anos. A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da gerência de Alimentação e Nutrição, reforçou nesta semana a importância da aplicação correta das doses previstas pelo Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (PNSVA), iniciativa coordenada pelo Ministério da Saúde.

Voltado para crianças de 6 a 59 meses, o programa distribui cápsulas de alta concentração (100.000 UI ou 200.000 UI) que ajudam a proteger os pequenos de doenças como diarreia, infecções respiratórias e complicações oculares graves — incluindo a xeroftalmia, que pode causar cegueira permanente.
Segundo o gerente de Alimentação e Nutrição da SES, Anderson Holsbach, a suplementação é um cuidado simples, seguro e que traz resultados concretos para a saúde pública. “Nosso papel é apoiar os municípios com orientações, distribuição e estratégias que aumentem a cobertura. A dose no tempo certo é um passo importante para o presente e o futuro das crianças”, explicou.
As doses são administradas via oral, em consultas de puericultura ou durante as vacinas de rotina. Municípios têm autonomia para definir estratégias locais, incluindo busca ativa em comunidades e visitas domiciliares. O intervalo mínimo entre uma dose e outra é de quatro meses.
O registro da suplementação deve ser feito na Caderneta da Criança e acompanhado no sistema SISAB. A SES reforça que manter os dados atualizados é essencial para que o programa alcance a cobertura prevista e atue de forma efetiva.
Papel estratégico na nutrição e visão - Para a nutricionista Gláucia da Silva Nunes, responsável técnica pelo Programa de Micronutrientes da SES, a vitamina A é um micronutriente essencial desde os primeiros anos de vida. “Ela protege a pele, as mucosas e ajuda na imunidade. Também é indispensável para a saúde dos olhos, especialmente em ambientes com baixa luminosidade”, pontua.
Segundo Gláucia, quando a alimentação não supre as necessidades da criança, a suplementação se torna uma estratégia fundamental. “É um recurso de baixo custo e alto impacto, que reduz internações e evita quadros graves de carência nutricional.”
O envio das cápsulas é feito pelo Ministério da Saúde de forma semestral. A distribuição aos municípios leva em conta o número de crianças a serem atendidas, o histórico de perdas e a necessidade de reforço em campanhas específicas. Cidades que precisarem de doses extras podem solicitar complementações.
Todo o processo segue diretrizes técnicas definidas nacionalmente e está detalhado no site da SES: www.nutricao.saude.ms.gov.br, onde também é possível acessar o passo a passo para registro e monitoramento dos dados.
