fiems
SAÚDE INFANTIL

Vacinas infantis podem ser aplicadas mesmo com atraso, orienta pediatra

Especialista afirma que pais devem procurar postos de saúde para atualizar cadernetas e proteger crianças contra doenças evitáveis

19 agosto 2025 - 10h35Redação
O pediatra Alberto Jorge Félix, da Unimed Campo Grande
O pediatra Alberto Jorge Félix, da Unimed Campo Grande - (Foto: A Crítica)
Terça da Carne

Vacinas aplicadas fora do prazo continuam sendo eficazes e podem ser retomadas a qualquer momento, afirmou nesta terça-feira (19) o pediatra Alberto Jorge Félix, da Unimed Campo Grande. A declaração foi dada durante entrevista transmitida ao vivo por rádio e redes sociais, para o programa Giro Estadual de Noticias com alcance em diversas regiões de Mato Grosso do Sul.

Canal WhatsApp

Segundo o médico, crianças que perderam prazos de vacinação não precisam reiniciar o esquema vacinal. Basta procurar uma unidade de saúde para atualizar a caderneta conforme a orientação dos profissionais do SUS. “A vacina atrasada ainda protege. O que não pode é deixar a criança desprotegida”, afirmou.

De acordo com ele, a maioria dos pais que enfrentam atrasos o faz por motivos como mudança de cidade, perda da caderneta ou falta de informação. Nesses casos, o pediatra orienta que o responsável leve a criança ao posto mais próximo para avaliação. “O histórico pode ser consultado no sistema. E, se não for possível recuperar tudo, o profissional de saúde vai indicar as doses necessárias para garantir a proteção.”

Félix também ressaltou que todas as vacinas do calendário infantil são oferecidas gratuitamente na rede pública. O esquema vacinal tem início ainda nos primeiros dias de vida, com doses como BCG e hepatite B, e segue por toda a infância e adolescência. “Desde o berçário, as crianças já recebem vacinas importantes. É dever dos cuidadores manter a caderneta atualizada.”

A entrevista foi concedida em meio à ampliação das ações de imunização em Mato Grosso do Sul, diante do risco de reintrodução do sarampo no país. O pediatra aproveitou para reforçar a importância da carteira vacinal em dia não apenas como proteção individual, mas como medida de saúde pública.

Ele lembrou também que, em caso de alergias específicas, como à proteína do leite de vaca (APLV), existem vacinas adaptadas. “Por isso, é essencial conversar com os profissionais da unidade básica. Cada situação é analisada de forma individual.”

Para o especialista, manter a vacinação em dia também evita problemas em outras áreas da vida da criança, como acesso a escolas, viagens e atendimento médico de emergência. “A vacina é um direito da criança e uma responsabilidade dos pais. Mesmo com atraso, é possível regularizar.”

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop