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07 de novembro de 2025 - 12h43
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SAÚDE

Vacina contra a dengue mantém proteção por 7 anos sem necessidade de reforço, diz estudo

Pesquisa com mais de 20 mil crianças e adolescentes mostra eficácia sustentada da Qdenga contra infecções e hospitalizações

7 novembro 2025 - 10h20Andreza de Oliveira
No SUS, vacina contra dengue está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
No SUS, vacina contra dengue está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. - (Foto: Wilton Junior/Estadão)

A vacina Qdenga, desenvolvida pela farmacêutica Takeda, continua eficaz contra infecções e hospitalizações causadas pela dengue sete anos após a aplicação das duas doses recomendadas. A nova análise foi apresentada em um congresso internacional na Tailândia e confirma a manutenção da proteção e do perfil de segurança do imunizante.

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De acordo com Vivian Lee, diretora médica da Takeda, o estudo buscava avaliar a necessidade de uma dose de reforço após o esquema vacinal. “Concluímos que não há necessidade de reforço, mesmo após sete anos”, afirma.

A eficácia na prevenção de hospitalizações chegou a 84,1% após 4,5 anos e atingiu 90,6% com dose adicional. Para casos confirmados de dengue, a eficácia foi de 61,2% após 4,5 anos, subindo para 74,3% dois anos e meio após a dose extra.

Melissa Palmieri, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm-SP), destaca que a durabilidade da resposta é esperada devido à tecnologia de vírus atenuado utilizada. “A resposta celular está bem organizada, o que indica proteção duradoura sem necessidade de reforço no momento”, explica.

A Qdenga é a única vacina contra dengue disponível no SUS e em clínicas privadas. No sistema público, a imunização é oferecida para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O esquema é de duas doses, com três meses de intervalo. A vacina é indicada para pessoas entre 4 e 60 anos, com restrições para imunossuprimidos, gestantes, lactantes e pessoas com alergia a seus componentes.

Desde o início de 2025, mais de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue e 1.711 mortes foram registradas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

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