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26 de novembro de 2025 - 18h04
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SAÚDE PÚBLICA

SUS passa a oferecer vacina contra bronquiolite para gestantes a partir de dezembro

Imunizante contra o vírus sincicial respiratório protege recém-nascidos e evita internações nos primeiros meses de vida

26 novembro 2025 - 17h05
Vacina contra bronquiolite começa a ser aplicada no SUS a partir da 28ª semana de gestação
Vacina contra bronquiolite começa a ser aplicada no SUS a partir da 28ª semana de gestação - (Foto: Agência Brasil)
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A partir de dezembro, gestantes poderão contar com mais uma importante medida de proteção para seus bebês: o Ministério da Saúde começará a ofertar pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da bronquiolite — uma das infecções respiratórias mais comuns e perigosas em crianças pequenas.

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A vacinação será destinada a todas as gestantes a partir da 28ª semana de gravidez, com dose única a cada nova gestação. O imunizante já está em processo de distribuição: o primeiro lote, com 673 mil doses, começou a ser enviado aos estados e será aplicado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) assim que estiver disponível.

Proteção para o bebê desde o nascimento

A bronquiolite, provocada majoritariamente pelo VSR, afeta especialmente crianças com menos de 2 anos e pode causar sintomas graves, como dificuldade para respirar, febre e tosse intensa. Em casos mais críticos, leva à internação hospitalar.

A vacina oferecida às gestantes não é aplicada diretamente no bebê, mas atua por meio da imunização materna, garantindo proteção ao recém-nascido ainda durante a gestação. Estudos indicam que a eficácia da vacina chega a 81,8% na prevenção de doenças respiratórias graves nos primeiros 90 dias de vida do bebê.

“É uma estratégia preventiva que protege desde o início da vida. O SUS dá um passo fundamental para reduzir internações e salvar vidas”, destacou o Ministério da Saúde em nota.

Vacina também está disponível na rede privada

Na rede privada, o imunizante contra o VSR já está disponível, mas com custo elevado: pode chegar a R$ 1,5 mil por dose. Com a chegada ao SUS, a expectativa é ampliar o acesso à proteção, especialmente para as populações mais vulneráveis.

A orientação do ministério é que, ao procurarem a UBS, as gestantes também atualizem outras vacinas recomendadas durante a gravidez, como contra a covid-19 e a influenza. O imunizante contra o VSR pode ser administrado simultaneamente com outras vacinas.

Cenário preocupa: maioria dos casos afeta bebês

Dados atualizados até 15 de novembro apontam que, em 2025, o Brasil registrou 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo VSR. Desse total, 82,5% ocorreram em crianças com menos de 2 anos, conforme levantamento do Ministério da Saúde.

O VSR é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite e 40% das pneumonias nessa faixa etária. Como se trata de um vírus, não há tratamento específico: os cuidados são de suporte clínico, incluindo hidratação, oxigenoterapia e broncodilatadores em casos com chiado evidente.

A incorporação da vacina ao SUS é vista como uma ação estratégica para conter o avanço de casos graves, principalmente em épocas de maior circulação viral, como o outono e o inverno.

Quem pode se vacinar

  • Todas as gestantes a partir da 28ª semana de gravidez
  • Sem restrição de idade da mãe
  • Dose única por gestação

O Ministério da Saúde reforça que o acompanhamento pré-natal nas UBS é essencial para garantir o acesso à vacina e à proteção integral da mãe e do bebê.

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