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14 de novembro de 2025 - 10h43
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SAÚDE

Tuberculose matou 1,2 milhão em 2024, aponta OMS

Relatório mostra avanço lento no combate à doença e alerta para falta de financiamento mundial

14 novembro 2025 - 09h10Andreza de Oliveira
OMS alerta que a tuberculose ainda avança de forma lenta no mundo e segue entre as doenças infecciosas mais mortais
OMS alerta que a tuberculose ainda avança de forma lenta no mundo e segue entre as doenças infecciosas mais mortais - Eduardo Gomes - ILMD/Fiocruz Amazônia

Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta quarta-feira (12) que a tuberculose continua entre as doenças infecciosas mais letais do mundo. Em 2024, foram registrados 10,7 milhões de novos casos e mais de 1,2 milhão de mortes.

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Segundo o relatório, 87% das novas infecções ocorreram em 30 países, concentrados em oito nações que lideram as estatísticas: Índia, Indonésia, Filipinas, China, Paquistão, Nigéria, República Democrática do Congo e Bangladesh.

A tuberculose é transmitida pelo ar e atinge principalmente os pulmões. Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, cansaço intenso e perda de peso. Em casos graves, pode causar insuficiência respiratória.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, classificou como “inadmissível” o número de mortes por uma doença prevenível e tratável, reforçando a meta de eliminação até 2030.

Entre 2015 e 2024, a África reduziu a incidência em 28% e as mortes em 46%. A Europa registrou quedas de 39% e 49%, respectivamente. Apesar disso, o recuo global entre 2023 e 2024 foi discreto: 2% nos novos casos e 3% nas mortes.

O tratamento salvou 83 milhões de vidas desde 2000, segundo a OMS. Em 2024, 8,3 milhões iniciaram tratamento e 5,3 milhões receberam terapia preventiva.

Fatores de risco e desigualdades

O relatório aponta fatores que ampliam a transmissão, como desnutrição, HIV, diabetes, tabagismo, consumo de álcool e condições de pobreza.
No Brasil, foram registrados 84.308 novos casos no último ano. Estudo da Fiocruz indica que 40% das infecções têm origem em transmissões iniciadas no sistema prisional.

Falta de financiamento

O financiamento global está estagnado. Em 2024, foram investidos US$ 5,9 bilhões — muito abaixo da meta anual de US$ 22 bilhões até 2027. A OMS alerta que o déficit pode provocar 2 milhões de mortes adicionais entre 2025 e 2035.

Recursos destinados à pesquisa também são insuficientes: em 2023, o investimento em inovação atingiu apenas 24% da meta, totalizando US$ 1,2 bilhão.

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