
Embora seja comum reutilizar roupas como jeans ou camisetas, as meias merecem atenção especial. Estudos mostram que nossos pés abrigam uma “floresta” microscópica de até 1.000 espécies de bactérias e fungos, especialmente entre os dedos, onde o ambiente quente e úmido favorece a multiplicação desses microrganismos.
O suor fornece nutrientes que alimentam bactérias como Staphylococcal hominis, que produz álcool com odor semelhante a cebola, e Corynebacterium, responsável por cheiro parecido com cabra. O acúmulo de micróbios nas meias também pode se transferir para sapatos, camas e superfícies, aumentando o risco de pé de atleta e outras infecções.
Estudos indicam que, após um dia de uso, meias podem conter entre 8 e 9 milhões de bactérias por amostra, enquanto camisetas têm apenas cerca de 83 mil. Entre os microrganismos encontrados, há tanto bactérias inofensivas quanto patógenos como Aspergillus, Candida e Cryptococcus, capazes de causar infecções respiratórias ou intestinais.
Para reduzir o odor e a proliferação bacteriana, especialistas recomendam:
- Evitar usar meias ou sapatos que façam os pés suarem excessivamente;
- Lavar os pés duas vezes ao dia;
- Usar meias antimicrobianas, de fibras de bambu ou com metais como prata e zinco;
- Lavar meias de algodão ou lã em água entre 30 e 40 °C com detergente neutro;
- Para higienização completa, usar detergente enzimático e lavar a 60 °C;
- Passar meias a ferro quente ou a vapor e secar ao ar livre para eliminar microrganismos.

