
Para evitar o risco de transmissão do Zika vírus por meio de transfusão sanguínea, os hemocentros devem seguir orientações do Ministério da Saúde. Uma das medidas é o aumento no rigor da triagem de doadores, que são orientados a comunicar o hemocentro sobre o aparecimento de sintomas relacionados ao vírus em até dez dias após a doação. No entanto, a novidade é um sistema de inativação de patógenos que impede a infecção de doenças virais, como a Dengue, Chikungunya e Zika na transfusão de sangue.
O Dr. Luiz Amorim, diretor geral do HemoRio explica. "O kit consiste em uma bolsa plástica, tipo a de armazenamento de sangue, com um medicamento chamado amotozalen (normalmente usado para tratamento de psoríase). Quando o sangue doado entra na bolsa, esse remédio se liga com o material genético dos vírus e bactérias”, detalha o médico.
Como cerca de 80% das pessoas infectadas não apresentam os sintomas da doença, a solução efetiva para evitar a contaminação é uma técnica que faz o vírus ficar inativo. O sistema de inativação de patógenos foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e começa a ser implementado no Brasil. A medida pode ser uma alternativa para dar segurança a grávidas que precisem receber plasma ou plaquetas.

