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MODERNIDADE

Governo unifica cartão do SUS com CPF e promete modernizar acesso a dados de saúde

Medida busca simplificar o atendimento e eliminar cadastros duplicados; processo segue até 2026, mas quem não tem CPF continuará sendo atendido

16 setembro 2025 - 14h50
Nova medida do governo prevê uso do CPF como identificador único no SUS, substituindo número do antigo cartão
Nova medida do governo prevê uso do CPF como identificador único no SUS, substituindo número do antigo cartão - (Foto: Reprodução)

A partir desta semana, o número do CPF passa a ser o novo identificador oficial dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), substituindo o antigo Cartão Nacional de Saúde. O governo federal anunciou nesta terça-feira (16) a unificação dos cadastros, com objetivo de reduzir burocracias, corrigir dados duplicados e melhorar o acesso a informações como histórico médico, vacinas e medicamentos.

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A iniciativa está sendo conduzida pelos ministérios da Saúde e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos e promete um avanço digital importante para o sistema público de saúde.

Com mais de 286 milhões de registros ativos, o banco de dados do SUS (CadSUS) passará por um processo de revisão até abril de 2026. A meta é inativar cerca de 111 milhões de cadastros que apresentam inconsistências ou estão duplicados. Segundo o Ministério da Saúde, 54 milhões já foram retirados da base desde julho.

Atualmente, 246 milhões de usuários já estão vinculados ao CPF. Os demais 40 milhões estão sendo analisados.

Novo Cartão Nacional de Saúde usará o CPF como identificador único de pacientes no SUSNovo Cartão Nacional de Saúde usará o CPF como identificador único de pacientes no SUS

Atendimento garantido para quem não tem CPF - Mesmo com a nova diretriz, o atendimento em unidades de saúde seguirá normalmente para quem ainda não possui CPF. Para esses casos, como indígenas, ribeirinhos ou estrangeiros, será criado um cadastro temporário com validade de um ano.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que o sistema continuará garantindo assistência para todos. “Ninguém será excluído”, afirmou.

A mudança também representa uma reestruturação tecnológica do SUS. O novo modelo será integrado com sistemas da Receita Federal, IBGE, CadÚnico e outros bancos de dados públicos. Isso vai permitir cruzamento de informações e melhor monitoramento das políticas de saúde.

Além disso, sistemas internos como prontuário eletrônico, registro de mortalidade e a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) precisarão ser adaptados. O prazo para essa adequação é até dezembro de 2026, com apoio dos conselhos de secretários de saúde estaduais e municipais.

O governo afirma que a medida deve aumentar a eficiência do sistema de saúde, evitar fraudes, reduzir gastos e garantir que os dados de cada cidadão estejam corretos e acessíveis.

“A mudança facilita o acesso aos serviços, reduz o desperdício de recursos e fortalece o planejamento das ações de saúde”, diz o Ministério da Saúde.

Com a unificação via CPF, o antigo “Cartão Nacional de Saúde” deixa de existir como principal identificador. Ele passa a ser um registro complementar, renomeado como “Cadastro Nacional de Saúde”.

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