Duas pessoas morreram e outras sete foram internadas em São Paulo após consumir bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, substância altamente tóxica ao organismo humano. O caso acendeu um alerta para os riscos do consumo de produtos sem procedência.
O metanol é um tipo de álcool usado em processos industriais, como fabricação de solventes e combustíveis, e não deve ser ingerido. Quando presente em bebidas, pode causar desde sintomas leves, como náuseas e dores abdominais, até complicações graves, incluindo cegueira e morte. Os primeiros sinais geralmente aparecem entre 12 e 24 horas após o consumo.
Segundo o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), os casos registrados no estado envolveram diferentes tipos de bebidas, como gin, uísque e vodca. A suspeita é de que os produtos adulterados tenham sido comercializados em bares e estabelecimentos sem controle adequado de origem.
Identificar a presença de metanol em um drink não é possível apenas pelo sabor ou aparência, já que ele é incolor e tem cheiro semelhante ao álcool comum. Por isso, especialistas orientam que a população só consuma bebidas com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal.
As primeiras 48 horas após a ingestão são cruciais para evitar danos permanentes. O tratamento pode incluir medicamentos específicos e até hemodiálise, nos casos mais graves.
Em nota, o Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo reforçou que bares e comerciantes devem redobrar a atenção com a procedência dos produtos, e que consumidores devem evitar bebidas de origem desconhecida para reduzir os riscos de intoxicação.
