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SAÚDE

Síndrome mão-pé-boca: ação lúdica em creche de Campo Grande reforça prevenção entre crianças

Atividade da Secretaria de Estado de Saúde utiliza música, cartazes e brincadeiras para ensinar hábitos de higiene a alunos do CEI Zedu

27 junho 2025 - 09h35Iury de Oliveira
Atividade vai destacar medidas de prevenção e envolve crianças em dinâmica educativa sobre higiene
Atividade vai destacar medidas de prevenção e envolve crianças em dinâmica educativa sobre higiene - (Foto: Kamilla Ratier/Arquivo SES)

Para reforçar o combate à síndrome mão-pé-boca no período de maior incidência da doença, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) promove, na próxima quinta-feira, 3 de julho, uma ação educativa no Centro de Educação Infantil José Eduardo Martins Jallad (CEI Zedu), em Campo Grande. A atividade, com início às 9h e duração de 30 minutos, vai utilizar uma abordagem lúdica e interativa para conscientizar crianças sobre a importância da higiene como principal ferramenta de prevenção.

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Voltada ao público infantil, especialmente crianças menores de cinco anos — faixa etária mais vulnerável à síndrome —, a iniciativa prevê uma dinâmica com músicas infantis e luvas infladas. A proposta é ensinar, de forma divertida, comportamentos que ajudam a evitar a disseminação do vírus, como a correta higienização das mãos, brinquedos e superfícies.

Além das brincadeiras, os professores da unidade escolar também participam da ação por meio de cartazes confeccionados com os alunos, incentivando o diálogo contínuo sobre higiene e prevenção no cotidiano da escola. Para a gerente de Doenças Agudas e Exantemáticas da SES, Jakeline Miranda Fonseca, iniciativas como essa são estratégicas para interromper a cadeia de transmissão da doença.

“Ações educativas em ambientes escolares são fundamentais para interromper a cadeia de transmissão da síndrome mão-pé-boca, especialmente entre crianças menores de cinco anos, que são o grupo mais afetado. A disseminação do vírus ocorre com facilidade em ambientes coletivos, e a higiene adequada é a principal medida de controle”, explica a gestora.

Brincadeira com responsabilidade - A ação no CEI Zedu já se mostrou eficaz anteriormente. Em sua primeira edição, realizada em 2024, cerca de 80 crianças participaram das atividades. Equipes de saúde e estudantes de enfermagem conduziram a programação, que abordava os principais cuidados com a doença de forma simples, acessível e divertida.

Segundo a diretora da unidade, Fátima Mack, o envolvimento das crianças por meio de brincadeiras contribui para a assimilação e prática diária dos hábitos de higiene.

“Com brincadeiras e exemplos práticos, as crianças conseguem absorver o conteúdo e colocá-lo em prática no dia a dia, o que torna essa ação ainda mais efetiva dentro e fora da escola”, afirma.

O que é a síndrome mão-pé-boca - A síndrome mão-pé-boca é uma doença viral comum na infância, especialmente entre os menores de cinco anos. Ela se manifesta com febre, mal-estar, lesões e pequenas erupções nas mãos, pés e na região da boca. A transmissão ocorre com facilidade por meio do contato com secreções da boca e do nariz, fezes e objetos contaminados, sendo comum em ambientes como creches e escolas.

Embora geralmente tenha evolução benigna, a doença requer atenção médica, sobretudo para o alívio dos sintomas e monitoramento da hidratação. Casos mais graves podem ocorrer, principalmente quando há complicações como desidratação por dificuldade de ingestão de líquidos.

Como prevenir - A SES reforça que a prevenção continua sendo a melhor forma de conter a disseminação da síndrome mão-pé-boca, especialmente durante os meses em que o número de casos tende a aumentar. As principais recomendações incluem:

  • Lavar as mãos com frequência: Utilizar água e sabão, especialmente após usar o banheiro, antes das refeições e após tossir ou espirrar.
  • Higienizar brinquedos e superfícies: A limpeza regular evita que o vírus se propague por meio do contato indireto.
  • Evitar contato com pessoas infectadas: Crianças com sintomas devem ser afastadas temporariamente do convívio escolar.
  • Praticar a etiqueta respiratória: Ensinar as crianças a tossir ou espirrar cobrindo o nariz e a boca com o antebraço ou lenço descartável.

Importância do envolvimento da escola e da família - Para a SES, o sucesso de ações educativas depende também do envolvimento das famílias. A informação transmitida na escola precisa ser reforçada em casa, criando um ciclo de conscientização que ajuda a conter a proliferação da doença.

A gerente Jakeline Miranda reforça que iniciativas conjuntas, entre poder público, instituições de ensino e responsáveis pelas crianças, são o caminho mais eficiente para promover a saúde coletiva.

“A prevenção não é apenas uma prática individual, mas uma responsabilidade compartilhada. Quando todos os envolvidos — pais, professores e gestores — se unem, os resultados são mais duradouros e significativos”, conclui.

Foco na educação como ferramenta de saúde pública -A utilização de abordagens lúdicas para temas de saúde pública é uma estratégia cada vez mais adotada por órgãos oficiais. Quando aplicada corretamente, permite não apenas a compreensão das informações por públicos diversos, mas também a sua internalização de forma prática e natural. No caso das crianças, a ludicidade é um recurso essencial para gerar engajamento e mudanças de comportamento duradouras.

Ao integrar ações como a promovida no CEI Zedu ao calendário escolar e às campanhas de saúde pública, a SES amplia o alcance das suas mensagens e fortalece uma cultura de prevenção desde os primeiros anos de vida.

Serviço
O que:
Ação educativa sobre prevenção da síndrome mão-pé-boca
Quando: Quinta-feira, 3 de julho, às 9h
Onde: CEI Zedu (Centro de Educação Infantil José Eduardo Martins Jallad), Campo Grande
Público-alvo: Crianças de até 5 anos, educadores e comunidade escolar

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