
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) apresentou propostas para fortalecer a rede hospitalar durante a II Conferência do Comitê Regional de Hospitais, realizada na Costa Leste de Mato Grosso do Sul. O evento reuniu gestores, profissionais e autoridades locais, com foco em soluções para o interior, regiões de fronteira e áreas mais vulneráveis do Estado.

Representando a pasta, o médico João Ricardo Tognini e a superintendente de Gestão Estratégica, Maria Angélica Benetasso, trouxeram visões complementares sobre os desafios da saúde e defenderam a regionalização como caminho para ampliar o acesso e a eficiência do atendimento.
Na palestra “Urgência e Emergência na Fronteira e Interior: Garantia de Acesso e Equidade”, João Ricardo ressaltou que a regulação precisa priorizar a pessoa e não apenas a vaga disponível. Segundo ele, cada caso exige avaliação clínica qualificada, garantindo que o paciente seja direcionado ao serviço adequado, no momento certo.
Representando a Secretaria, o médico João Ricardo Tognini
Ele também apresentou protocolos clínicos já em uso pela SES, que aumentam a resolutividade dos serviços, como:
- Protocolo de fibrinólise para infarto (IAMCSST), que permite iniciar o tratamento ainda na unidade de origem;
- Fluxos clínicos padronizados para apendicite, colelitíase e pneumonia comunitária, que evitam encaminhamentos desnecessários.
“Quando o médico tem protocolos claros e respaldo técnico, o atendimento é mais rápido e seguro”, afirmou.
Na sequência, Maria Angélica Benetasso apresentou a palestra “Regionalização da Saúde e Pactuação Interfederativa: Caminhos para a Efetividade”. Ela explicou como o Plano Diretor de Regionalização (PDR 2024) e o Programa Estadual de Incentivo Hospitalar estruturam os serviços em níveis hierárquicos, respeitando a capacidade de cada hospital.
Entre os pontos abordados, destacou:
- Classificação dos hospitais por complexidade e perfil assistencial;
- Planejamento integrado entre União, Estado e municípios;
- Financiamento sustentável e gestão participativa;
- Uso de tecnologia e inovação, como a telemedicina, para ampliar o alcance da rede.
Segundo Maria Angélica, a pactuação interfederativa é essencial para que o SUS funcione de forma eficiente. “Quando municípios e Estado trabalham juntos, o cuidado chega onde é necessário, com dignidade e qualidade”, reforçou.
Além dos debates técnicos, o encontro contou com apresentações culturais, como a da Banda Marcial Cristo Redentor, criando um ambiente de integração e troca de experiências.
Protocolos clínicos, pactuação interfederativa e foco no paciente marcam avanços na gestão hospitalar em áreas vulneráveis de MS
