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ALERTA DE SAÚDE

Sepse em números: onde buscar ajuda em Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá

Hospitais universitários reforçam protocolos para reduzir mortes por sepse em Mato Grosso do Sul

11 setembro 2025 - 07h50Redação
Profissionais de saúde participam de treinamento simulado sobre sepse no Humap-UFMS, em Campo Grande, para agilizar o atendimento aos pacientes
Profissionais de saúde participam de treinamento simulado sobre sepse no Humap-UFMS, em Campo Grande, para agilizar o atendimento aos pacientes - (Foto: UFMS)
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Uma febre que não melhora, a respiração que fica difícil, a pressão que cai de repente. O corpo dá sinais de que algo está errado, mas nem sempre quem sente ou quem cuida percebe a gravidade. Assim começa a sepse, uma reação do organismo a uma infecção que pode se espalhar rapidamente e colocar a vida em risco.

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Os médicos explicam que sepse não é o mesmo que infecção generalizada. O problema pode nascer de algo simples, como uma infecção no pulmão, na urina, na pele ou até depois de uma cirurgia. Quando o corpo reage de forma descontrolada, os órgãos começam a falhar. A confusão mental, a febre que insiste, a urina que diminui e a pressão baixa são sinais de alerta que não podem ser ignorados.

Em Mato Grosso do Sul, os hospitais universitários ligados à rede Ebserh têm mostrado que rapidez faz toda a diferença. Em Campo Grande, o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS) criou um protocolo para agir logo nos primeiros minutos. A farmácia libera a primeira dose de antibiótico de imediato, e a equipe de saúde colhe os exames sem esperar o laboratório. Desde 2019, médicos, enfermeiros e residentes passam por treinamentos que simulam casos reais de sepse, para não perder tempo quando a doença aparece.

Em Dourados, o Hospital Universitário da UFGD é referência no atendimento de recém-nascidos com sepse, além de acompanhar pacientes que ficaram com sequelas depois da doença. O superintendente Hermeto Paschoalick lembra que o tempo é decisivo. Para ele, o ideal é que o antibiótico seja dado na primeira hora de atendimento e que o paciente tenha acesso à UTI em até seis horas.

As unidades de Três Lagoas e Corumbá seguem protocolos parecidos, com triagem rápida e equipes de várias áreas trabalhando juntas. Assim, o tratamento começa logo nos primeiros sinais.

A médica infectologista Thallyta Antunes explica que o antibiótico precisa ser dado rápido, mas que também é importante ajustar o medicamento quando saem os resultados dos exames. O paciente recebe primeiro um remédio mais amplo, que combate vários tipos de micróbios, e depois, se necessário, passa para um antibiótico específico.

A sepse pode começar com qualquer infecção. Quem já tem outras doenças, usa sondas ou passou por cirurgia recente corre mais risco. Por isso, médicos reforçam que é preciso procurar ajuda se a infecção não melhora ou piora de repente.

Em casos suspeitos, as UPAs de Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá estão preparadas para atender, e os hospitais universitários dessas cidades recebem os casos mais graves. Quando a situação é urgente, o SAMU pode ser chamado pelo 192.

A sepse é rápida e silenciosa, mas quando reconhecida cedo pode ser controlada. O segredo está em agir sem demora.

Onde procurar ajuda em MS

  • Campo Grande – Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS) e UPAs 24h
  • Dourados – Hospital Universitário da UFGD e UPAs 24h
  • Três Lagoas – Hospital Universitário (Ebserh) e UPAs 24h
  • Corumbá – Hospital Universitário (Ebserh) e UPAs 24h
  • Emergência – Ligue 192 (SAMU)
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