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24 de setembro de 2025 - 19h23
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SAÚDE

Especialista alerta sobre baixa cultura de transplantes em MS durante Semana se Doação de Órgãos

Médico Gustavo Rapassi aponta índice de recusa familiar de 60% no Estado e defende mais divulgação e mobilização social

24 setembro 2025 - 16h35Christiane Mesquita
Especialista Gustavo Rapassi destaca entraves para transplantes em MS e pede mais divulgação sobre a causa.
Especialista Gustavo Rapassi destaca entraves para transplantes em MS e pede mais divulgação sobre a causa. - Foto: Luciana Nassar
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Divulgar é parte essencial da programação da Semana Estadual de Doação de Órgãos e Tecidos. A Lei Estadual 5.410/2019 é de autoria do deputado e vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), Renato Câmara (MDB). A tribuna da Casa de Leis recebeu hoje o cirurgião do Aparelho Digestivo, Especialista em Transplante do Fígado e Cirurgia de Fígado, Pâncreas e Vias Biliares, Gustavo Alves Rapassi, à convite do parlamentar.

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Gustavo Rapassi destacou a necessidade de aumentar o número de transplantes em Mato Grosso do Sul por meio da mobilização. “Falar sobre o assunto é necessário, obrigada pela oportunidade de poder abordar essa causa tão sensível à população de Mato Grosso do Sul. Aqui no Estado, o transplante ainda engatinha, temos uma estimativa de 170 transplantes anuais de rim e 70 de fígado, e estamos hoje um pouco distantes desta meta. Esse tema é muito sensível por não haver a cultura do transplante no Estado”, revelou o especialista.

O médico explicou que a recusa familiar à doação precisa diminuir em Mato Grosso do Sul. “Em outros estados o número de recusa são inferiores a 30%, aqui atinge 60%. Temos aqui no Hospital Adventista um ano e dois meses de atividade, expectativa e também acreditamos na subnotificação, principalmente em relação ao transplante de rim, por não atingimos os 30 casos ao ano, em uma população em diálise que ultrapassa os 2 mil pacientes, muitos deles que tendo que se deslocar, com mortalidade que chega a 20%”, informou Gustavo Alves Rapassi.

“Agradeço o empenho do deputado Renato Câmara nesta semana importante em que lembramos o quanto é essencial o transplante, conto com a apoio dos demais parlamentares. O Estado tem muito a melhorar nesse sentido que o paciente tenha acesso ao transplantes, há um elevado número de doadores que tem sido disponibilizados e não aproveitados pela falta de paciente em fila. Uma das questões simples seria a divulgação de transplante de fígado e rim que acontece no Hospital Adventista”, concluiu.

O deputado Renato Câmara (MDB) parabenizou o trabalho desenvolvido pelo médico e equipe que atua junto ao transplante. “Parabéns ao trabalho, toda equipe e envolvidos, pessoas como você tem feito a diferença em nosso Estado, nós que estamos na Semana Estadual de Doação de Órgãos e Tecidos, esse é um trabalho expressivo”, exaltou o parlamentar.

A Semana Estadual de Doação de Órgãos e Tecidos ganhou destaque nesta quarta-feira (24) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Convidado pelo deputado e vice-presidente da Casa, Renato Câmara (MDB), o cirurgião do aparelho digestivo e especialista em transplante de fígado Gustavo Alves Rapassi usou a tribuna para reforçar a urgência de ampliar a cultura da doação de órgãos no Estado.

“Falar sobre o assunto é necessário. Aqui no Estado, o transplante ainda engatinha. Temos uma estimativa de 170 transplantes anuais de rim e 70 de fígado, mas estamos distantes desta meta. Não há uma cultura do transplante em Mato Grosso do Sul”, destacou Rapassi.

Alta recusa familiar e subnotificação

De acordo com o médico, a recusa familiar é um dos principais entraves para aumentar o número de transplantes em Mato Grosso do Sul. Enquanto em outros estados esse índice fica abaixo de 30%, em MS chega a 60%.

Rapassi também chamou atenção para a subnotificação de potenciais doadores, especialmente em relação ao transplante de rim. No Estado, menos de 30 cirurgias desse tipo são realizadas ao ano, mesmo com uma população em diálise que ultrapassa 2 mil pacientes, muitos obrigados a se deslocar para outros estados. A mortalidade nesse grupo, segundo ele, chega a 20%.

“Temos no Hospital Adventista pouco mais de um ano de atividade, mas a quantidade de transplantes ainda não corresponde à demanda. Muitos pacientes poderiam ser salvos, mas não chegam a tempo na fila”, afirmou.

Falta de divulgação e desafios locais

O especialista ressaltou que há doadores disponíveis, mas nem sempre aproveitados, em grande parte pela ausência de pacientes cadastrados na fila de espera e pela pouca divulgação sobre os transplantes que já acontecem no Estado.

“Uma das questões simples seria dar mais visibilidade aos transplantes de fígado e rim que já são feitos no Hospital Adventista. É preciso mobilizar a sociedade para que a doação seja vista como um ato de vida”, concluiu Rapassi.

Reconhecimento ao trabalho

O deputado Renato Câmara elogiou a atuação do médico e de sua equipe, destacando o papel fundamental da mobilização social para reduzir as filas de espera por órgãos.

“Parabéns pelo trabalho e a toda equipe envolvida. Pessoas como você têm feito a diferença em nosso Estado. Essa semana é fundamental para lembrarmos o quanto é essencial o transplante”, disse o parlamentar.

A Semana Estadual de Doação de Órgãos e Tecidos foi instituída pela Lei Estadual nº 5.410/2019, de autoria de Renato Câmara, com o objetivo de incentivar a reflexão e estimular o ato de doar órgãos como forma de salvar vidas.

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