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SAÚDE

Segurança do paciente ganha força em Mato Grosso do Sul com protocolos do Negesp

Núcleo Estadual atua na prevenção de falhas hospitalares e adota medidas da OMS que já reduziram mortalidade em cirurgias e partos em vários países

10 setembro 2025 - 07h15Comunicação SES
Negesp orienta gestores, profissionais e usuários, enquanto dados da OMS alertam para 2,6 milhões de mortes anuais por falhas na atenção à saúde
Negesp orienta gestores, profissionais e usuários, enquanto dados da OMS alertam para 2,6 milhões de mortes anuais por falhas na atenção à saúde - Foto: Arquivo HRMS
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No próximo dia 17 de setembro, o Brasil celebra o Dia Nacional de Segurança do Paciente, uma data que reforça a necessidade de cuidados rigorosos em todas as etapas da atenção à saúde. Em Mato Grosso do Sul, o tema vem recebendo destaque com a atuação do Núcleo Estadual de Segurança do Paciente (Negesp), criado para implementar protocolos capazes de reduzir riscos e prevenir erros em hospitais.

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De acordo com a coordenadora do Negesp/MS, médica Eduarda Tebet, a segurança não depende apenas da tecnologia ou da estrutura hospitalar, mas do comprometimento coletivo. “A cadeia de segurança do paciente envolve todos os envolvidos. Isso inclui desde a administração do hospital até a checagem simples de uma pulseira de identificação feita pelo próprio paciente”, explica.

A médica lembra ainda que, em muitos países, profissionais de saúde envolvidos em erros também são vistos como ‘segundas vítimas’, pois sofrem com impactos emocionais e profissionais. Por isso, segundo ela, é fundamental adotar estratégias conjuntas, que apoiem médicos e equipes e, ao mesmo tempo, reduzam falhas no atendimento.

O fortalecimento dos Núcleos de Segurança do Paciente tem sido considerado estratégico em todo o país. Em Mato Grosso do Sul, o Negesp cumpre papel de referência, acompanhando indicadores, promovendo capacitação e incentivando práticas seguras.

“Protocolos bem aplicados salvam vidas, e quando todos — gestores, profissionais e pacientes — participam ativamente, conseguimos reduzir falhas e oferecer um cuidado mais qualificado”, reforça Tebet.

Entre os exemplos citados pela coordenadora está o checklist de cirurgia segura da Organização Mundial da Saúde (OMS), capaz de diminuir a mortalidade cirúrgica em até 43%. Na Escócia, um estudo mostrou queda de 36,6% nas mortes perioperatórias após a adoção da medida. Outro destaque é o Safe Childbirth Checklist (SCC), também da OMS, que ajuda a reduzir a mortalidade perinatal. Pesquisas recentes apontam que a aplicação do protocolo pode diminuir em 11% os casos de natimortalidade.

Desafio global

O alerta para a segurança do paciente não é exclusivo do Brasil. Dados da OMS estimam que 2,6 milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência de eventos adversos relacionados ao atendimento hospitalar. Esse cenário mostra que o tema é um desafio global de saúde pública e exige mobilização constante de gestores, equipes médicas e da própria população.

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