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SAÚDE PÚBLICA

Secretário de Saúde de MS apresenta 'Nova Arquitetura da Saúde' e planos de melhoria nos hospitais

Maurício Simões detalha novas ações para reorganização dos serviços de saúde, com foco em maior eficiência, financiamento hospitalar e parcerias estratégicas.

15 agosto 2025 - 11h50Rafael Rodrigues e Iury de Oliveira
O Secretário de Saúde, Maurício Simões, detalhou a Nova Arquitetura da Saúde
O Secretário de Saúde, Maurício Simões, detalhou a "Nova Arquitetura da Saúde" - (Foto: Rafael Rodrigues)

O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), apresentou nesta sexta-feira (15) a Nova Arquitetura da Saúde, um novo modelo que reorganiza os fluxos de atendimento e fortalece as microrregiões, promovendo maior descentralização e alívio na sobrecarga dos grandes centros urbanos.

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De acordo com o Secretário de Saúde, Maurício Simões, as macrorregiões, que continuam sediadas em Três Lagoas, Corumbá, Campo Grande e Dourados, permanecerão, mas as microrregiões assumem um papel mais estratégico. "As microrregiões agora serão essenciais para garantir um atendimento mais rápido e eficiente, diminuindo a pressão sobre os grandes centros", afirmou Simões. A nova organização foi aprovada por prefeitos, secretários municipais e diretores de hospitais, e a implementação do modelo começa na próxima semana.

O secretário também detalhou o lançamento de um novo programa de financiamento hospitalar, que inclui a contratação de hospitais para melhorar a produção de serviços, como cirurgias, nas cidades. O aporte inicial será de 90 milhões de reais, com um adicional de 30 milhões para estimular a produção. "Queremos garantir que os hospitais se comprometam com a produção, e esse incentivo financeiro será uma forma de fortalecer a rede hospitalar em todo o estado", explicou.

Simões destacou o lançamento de um programa de financiamento hospitalar, com investimento inicial de R$ 90 milhõesSimões destacou o lançamento de um programa de financiamento hospitalar, com investimento inicial de R$ 90 milhões

Além disso, Simões destacou que o estado está investindo em uma parceria público-privada para expandir e modernizar o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), com investimentos de cerca de 1 bilhão de reais ao longo de 30 anos. "O projeto de expansão do Hospital Regional é um investimento de longo prazo, que visa aumentar a infraestrutura e garantir um atendimento de qualidade para a população nas próximas três décadas", afirmou.

O HRMS solicitou formalmente o licenciamento para a reforma e ampliação de sua infraestrutura, com o objetivo de construir novos blocos, ampliar o centro cirúrgico, criar um espaço de convivência e aumentar a quantidade de leitos. A ampliação prevê a construção de mais 33.009 m², o que resultará na necessidade de mais 411 vagas para veículos e 82 vagas para motocicletas e bicicletas.

O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul irá ganhar um investimento de R$ 1 bilhão O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul irá ganhar um investimento de R$ 1 bilhão - (Foto: ALEMS)

O projeto inclui a construção de dois novos blocos, sendo o bloco 4, com três pavimentos para serviços de alta tecnologia médica, centro cirúrgico e hemodinâmica, e o bloco 5, destinado ao almoxarifado, à Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) e à área administrativa. Também está previsto um novo bloco para tratamento de resíduos contaminados, que serão reduzidos em 80% pelo equipamento Sterilwavea, facilitando o descarte como resíduo comum.

Simões ainda abordou os desafios da gestão de hospitais de grande porte, como o Hospital Regional de Dourados, que exige grande expertise e estrutura. "Gerir um hospital com 250 leitos de alta complexidade não é simples. As prefeituras precisam estar preparadas para esses desafios", alertou o secretário.

Em relação ao Hospital Regional de Ponta Porã, Simões informou que, devido a questões de gestão, o hospital será temporariamente administrado por uma organização social enquanto um novo processo de chamamento definitivo será realizado nos próximos seis meses. "Até o momento, não houve prejuízo no atendimento, e estamos trabalhando para garantir uma gestão eficiente no futuro", afirmou o secretário.

Simões também comentou sobre a não renovação do contrato com a organização social responsável pelo Hospital de Itaporã devido a um impedimento legal. "Esse mesmo impedimento pode se repetir no caso do hospital de Três Lagoas, mas estamos buscando soluções para garantir a continuidade do atendimento e a qualidade dos serviços", explicou.

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A Nova Arquitetura da Saúde promete transformar a gestão hospitalar no estado, melhorando a eficiência dos atendimentos e garantindo mais recursos para as unidades de saúde. "A população já começa a ver os primeiros resultados, e estamos comprometidos em continuar avançando com esses projetos", concluiu Simões.

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