
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro iniciou um monitoramento de dez dias em todas as pessoas que possam ter sido expostas ao vírus da gripe aviária, após a morte de nove galinhas d'angola no BioParque da cidade. Embora não haja, até agora, casos suspeitos em humanos, a medida visa garantir a saúde pública diante do risco de transmissão do vírus H5N1, que é considerado raro em humanos.

Desde 2010, apenas 75 casos de gripe aviária em humanos foram registrados nas Américas, com dois óbitos, segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS). O Brasil nunca registrou casos de transmissão do vírus de aves para seres humanos. No entanto, o país tem enfrentado focos de gripe aviária em aves, com 183 registros confirmados de influenza aviária de alta patogenicidade em 2023, sendo o incidente no BioParque apenas o mais recente.
A morte das nove aves foi confirmada após análise laboratorial realizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, e as autoridades sanitárias validaram os resultados. O BioParque, em resposta, interditou a área onde as aves infectadas estavam localizadas por 14 dias, seguindo protocolos de biossegurança. Desde o dia 17 de julho, o parque está fechado, mas a reabertura está programada para esta quinta-feira (24), com a adoção de medidas preventivas. A área da Savana Africana, onde as galinhas d'angolas ficavam, permanecerá fechada ao público.
Situação em outras regiões
Além do incidente no Rio de Janeiro, o estado de São Paulo também investiga três focos de gripe aviária, incluindo dois casos envolvendo aves silvestres e um de aves domésticas. Apesar do recente episódio no BioParque, o Brasil ainda não foi declarado como afetado, especialmente após a conclusão do processo de desinfecção de uma granja no Rio Grande do Sul em junho, o que havia permitido ao país se declarar livre da doença.
