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Representantes de entidades e órgãos integrantes do Comitê Municipal de Combate ao Aedes aegypti estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira (14) para discutir o cenário epidemiológico das arboviroses, além de reforçar a importância do apoio de toda a sociedade no enfrentamento destas doenças. De 1º de janeiro a 14 de setembro foram confirmados 7.010 casos de dengue e sete óbitos provocados pela doença no município. No mesmo período foram confirmados apenas 1 caso de Zika e 25 de chikungunya.

Avanços como a implementação do método Wolbachia e ações estratégicas de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, como a campanha “Mosquito Zero” foram evidenciados durante a reunião.
O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, lembrou que o município enfrentou duas epidemias consecutivas de dengue nos anos de 2018 e 2019 e que o engajamento de toda a sociedade, bem como as iniciativas implementadas pelo Poder Público foram fundamentais para que houvesse uma redução no número de casos.
“Nos deparamos com um cenário epidémico com mais de 40 mil casos de dengue. Naquele momento foi necessário envolver toda a sociedade para que a gente pudesse reverter aquela situação. O apoio das mais diversas instituições aliadas às ações desenvolvidas pelo município foram de fundamental importância para que a gente pudesse vencer a epidemia e manter os índices de dengue, zika e chikungunya sob controle ”, destaca.
A partir de 2020 os casos de dengue tiveram uma significativa redução, reflexo das ações realizadas nas sete regiões urbanas e distritos através da campanha “Mosquito Zero”. Mais de 300 pessoas de todas as secretarias municipais e instituições parceiras estiveram envolvidas. Mais de 50 mil imóveis foram vistoriados, eliminando 37 mil depósitos e 1,6 mil focos do mosquito Aedes aegypti. Cerca de 2 mil imóveis abandonados também foram inspecionados com auxílio de um chaveiro e 10 mil quarteirões de diversos bairros receberam o fumacê como complemento às atividades de campo.
"Estamos recebendo o reforço dos estudantes das escolas municipais agregando a ciência e educação das próximas gerações da nossa sociedade, tornado uma população mais consciente com problema das doenças transmitidas pelo mosquito”, diz.
m dezembro do mesmo ano, Campo Grande iniciou a implementação do método Wolbachia, através da parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Ministério da Saúde e Word Mosquito Program (WMP) e hoje encontra-se presente em mais de 40 bairros.
No mês passado, o município iniciou uma estratégia pioneira no mundo de implementação dos mosquitos com Wolbachia envolvendo cerca de 3 mil alunos de 17 escolas da rede municipal de educação, o Wolbito em casa.
"Estamos recebendo o reforço dos estudantes das escolas municipais agregando a ciência e educação das próximas gerações da nossa sociedade, tornado uma população mais consciente com problema das doenças transmitidas pelo mosquito”, diz.
Atualmente, o método já está em sua quinta fase de implementação em Campo Grande, que envolve 21 bairros das regiões urbanas Centro, Prosa, Lagoa e Imbirussú.
As liberações nessa área tiveram início em 11 de julho e devem ocorrer até outubro, quando então, será inicia a sexta e última fase no município, contemplando os últimos 10 bairros (Caiobá, Leblon, Nova Campo Grande, Núcleo Industrial, Panamá, Santo Amaro, Santo Antonio, São Corado, Tarumã e Vila Popular).
Por fim, o secretário lembra que o método é complementar e a melhor maneira de se evitar o mosquito Aedes aegypti é eliminando objetos que possam acumular água parada.
” A gente sempre reforçar para a população para que eliminem alguns materiais inservíveis que possam acumular água, como: bandejas de ar-condicionado, calhas, pneus velhos, caixas d’água destampadas, garrafas, vasos de flor e também recipientes jogados em lixo descoberto”, comenta.
